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Pesquisador da UFAC estuda situação da violência na região central de Cruzeiro do Sul e aponta possíveis ações para reduzir o problema

De acordo com as informações levantadas pelo pesquisador, trata-se de um problema com múltiplas causas: “a primeira é a questão da segurança pública, visto os crimes contra a vida e contra o patrimônio que ocorrem com frequência na região; a segunda é uma questão de saúde, pois, a dependência química é uma doença com classificação Internacional (CID-11), requerendo tratamento para cessar a necessidade do vício, já que a busca por drogas leva ao cometimento de delitos; e a terceira repousa na questão social relacionada a pobreza e a falta de oportunidades aos recuperados (adictos).”

Nesse sentido, para o pesquisador, a redução do problema, que não é de fácil solução, pode ter como alternativa o investimento público em clínicas de recuperação, gerando as condições necessárias para as demandas de internação.
“O CAPS já oferta um serviço de excelência na região, mas não é capaz de mitigar o problema sozinho, pois antes de uma pessoa em dependência química ser acompanhada pelo Centro de Atenção Psicossocial, faz-se necessário realizar um processo de desintoxicação. É aí que entram as casas e clínicas de recuperação que já prestam serviço solidário na região, mas carecem mais investimentos para ampliar a demanda”.

Foto: cedida

Outro ponto importante levantado pelo docente é a necessidade de instalação de sistemas de monitoramento na região central da cidade, com melhorias na iluminação pública e criação de um serviço proteção patrimonial (guarda), como forma de dar suporte preventivo, identificar atos ilícitos e fazer levantamento de dados.
“Isso não substitui o papel da polícia militar e da polícia judiciária, pois estaria apenas ampliando a eficiência da ação policial. Todavia, de nada adiantará a efetuação de prisões, como elemento isolado de solução do problema, se também não houver um entendimento colaborativo do Ministério Público e do Poder Judiciário, frente a necessidade de indicação de terapêutica compulsória nos casos que se fizerem necessários, bem como da aplicação da norma penal no limite do seu rigor.”

O professor ressalta que o pós-internação, para recuperação de viciados, deve ser acompanhado por um programa de incentivo ao emprego do recuperado e da população em geral. “É preciso oferecer vantagens para as empresas que geram oportunidades, pois elas fazem um trabalho social. Contudo, assistir as pessoas em situação de rua, principalmente no tocante a questão da dependência química, não exclui a obrigação do poder público de cuidar daqueles que estão no caminho correto. Se não houver um conjunto de políticas públicas voltadas à impulsionar a economia loco-regional, qualquer estratégia fracassará.”

Por Assessoria

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