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Pesquisa mostra que 71% dos professores estão estressados; Acre reflete o número

O apoio psicológico está no topo das preocupações dos professores

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Uma pesquisa feita pelo instituto de pesquisa Ipec, encomendado por entidades como Todos Pela Educação, Itaú Social, Instituto Península e Profissão Docente, mostra que 71% dos professores brasileiros estão estressados. O levantamento foi realizado com 6.775 professores de escolas públicas municipais e estaduais de todo o país.

O apoio psicológico está no topo das preocupações dos professores, entre as dez medidas relacionadas pela pesquisa, com 18%, ficando à frente, inclusive de aumento salarial, que alcançou 17%.

A professora de rede pública do Acre, Daiany Carvalho, 29 anos, relaciona as crises de ansiedade enfrentadas por ela com a sobrecarga de trabalho, fato que a fez procurar ajuda profissional.

Daiany Carvalho. Foto: Reprodução das redes sociais

“Como professora, posso dizer que essa sobrecarga só acentuou minhas crises de ansiedade, o que me levou a buscar tratamento terapêutico para lidar com o meu dia a dia. E não estou sozinha nessa batalha. Muitos professores enfrentam esses mesmos desafios emocionais”, conta.

A pandemia da Covid-19 juntou-se aos desafios enfrentados pelos professores. A sala de aula teve de ser substituída pelo escritório, pelo quarto ou até mesmo pela cozinha dos docentes. Com o distanciamento social, as adversidades aumentaram.

“O ensino remoto trouxe à tona uma urgência que nos sobrecarregou a todos, fazendo com que o WhatsApp virasse a sala de aula”, destaca, a professora.

Outra questão apontada na pesquisa foi a defasagem na aprendizagem dos alunos, 28% dos profissionais relataram esta dificuldade. Daiany fala sobre como foi a adaptação ao retorno à sala de aula.

“Não podemos nos esquecer de que os alunos também foram afetados. Muitos tiveram dificuldades para gerenciar seus estudos em casa, sem o suporte da escola. Não podemos simplesmente fechar os olhos para essas dificuldades, pois elas são reais e impactam diretamente no desempenho dos alunos”, diz.

Ela relata que além da parte pedagógica, agora os professores têm de saber lidar com a parte emocional dos alunos e deles mesmos.

“Precisamos lidar com a parte invisível, as emoções e os desafios que a pandemia trouxe para o mundo educacional. E isso só pode ser feito com uma abordagem mais humana e empática, tanto com os alunos quanto com os professores.”

Daiany completa dizendo acreditar que os professores jamais serão os mesmos profissionais, e que os alunos de hoje possuem um outro perfil.

Com informações ContilNet

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