Os finais de semana na cidade de Brasiléia tem tido registros de perturbação em vários locais após a meia-noite, quando os bares encerram seus trabalhos. Algumas pessoas então resolver dar uma esticada na noite a procura de local para beber, ouvir música e namorar.
Não seria problema se, tais pessoas não ultrapassasse o limite do silêncio e da perturbação mesmo em período de pandemia. Alguns registros já vinham sendo feito na Praça Ugo Poli, onde se tornou um ponto de encontro para ouvir música alta, levar menores e consumir muita bebida alcoólica na madrugada, as vezes até amanhecer.
Outro detalhe, seria os moradores que pouco são respeitados. Ao redor da praça, existe hotéis, apartamentos e muitas residências com pessoas idosas, crianças e doentes se recuperando do covid-19.
Algumas cenas foram registradas de pessoas nuas, fezes e urina, e muitas garrafas de cervejas espalhadas pela praça. A prefeitura teve que disponibilizar funcionários exclusivamente no final de semana para retirar as garrafas quebradas que já até feriram crianças.
Pode-se dizer que o ponto alto aconteceu na madrugada deste domingo, dia 1 de agosto, por volta das 4h30. Um delegado que mora ao lado da Praça, foi acordado pelo barulho e percebeu que além veículos, havia pessoas com caixa de som em alto volume.
Ao serem abordados e solicitados que baixassem o volume, ninguém atendeu o pedido. Foi quando pediu apoio de uma viatura da Polícia Militar para que fosse cumprido a ordem com possibilidade de retenção dos veículos.
Foi quando um homem dizendo ser tenente do Exército Brasileiro, mas se recusou a se identificar, onde passou a desacatar os policiais militares e impedir o trabalho, além de incitar os que estavam na praça contra os PM’s.
Segundo o Boletim de Ocorrência, o militar passou a desmerecer o trabalho dos policiais dizendo que não teriam autoridade sobre ele e após não obedecer, lhe foi dado voz de prisão ao tentar entrar no veículo. Foi quando outro teria tentado impedir dizendo ser filho de um advogado e que a guarnição estaria “ferrada”, também foi detido por desacato e tentativa de impedir a detenção do colega.
Uma confusão foi formada na praça, outras pessoas também cercaram a guarnição na tentativa de impedir o trabalho da PM, sendo necessário o uso de spray de pimenta para afastar todos, sem que fosse usado força desproporcional contra civis.
Abuso e desdenho
O homem que seria um oficial do Exército Brasileiro ao chegar na delegacia, passou a desdenhar dos policiais, se dizendo ser filho de coronel e que todos sofreriam retaliação quando seu genitor soubesse do ocorrido, tentando intimidar a guarnição.
O incidente na praça gerou um mal estar entre as corporações, ao ponto de envolver o pai do militar que estaria lotado na Companhia Especial de Fronteira em Epitaciolândia e o Alto Comando da Polícia Militar na Capital.
Foi registrado que, mesmo tentando humilhar os policiais militares, o mesmo foi entregue à uma guarnição do Exercito Brasileiro após ser confeccionado o Boletim de Ocorrência.
Moradores pede providencias
O caso ocorrido nesta madrugada não foi isolado. Outras situações já foram registradas e diante dos fatos, moradores já estão fazendo um baixo assinado para entregar ao Ministério Público e na Câmara Municipal.
A intenção é que seja criada uma Lei Municipal afim de coibir tais ações a partir de determinado horário, salvaguardo em datas comemorativas previamente organizadas, mantendo a ordem.
Via – O Alto Acre