A área técnica da Câmara dos Deputados classificou a instabilidade no sistema de votação remota na noite desta terça-feira como “uma ocorrência grave e sem precedentes”. O sistema sofreu um apagão e ficou fora do ar partir das 19h desta noite, o que fez o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), suspender a sessão que votava a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Eleitoral, que institui o estado de emergência e amplia o pagamento de benefícios sociais às vésperas das eleições.
A equipe técnica da Câmara informou que os dois servidores, oferecidos por empresas privadas diferentes, saíram do ar ao mesmo tempo. A Polícia Federal foi acionada por Lira para investigar o ocorrido.
“Foram interrompidos simultaneamente os dois links de Internet, fornecidos por empresas distintas. Trata-se de uma ocorrência grave e sem precedentes”, diz a nota da área técnica da Câmara.
A falha no sistema impediu que deputados votassem remotamente e que os painéis de votação também fossem consultados à distância. O apagão afetou ainda o site da Câmara, que saiu do ar, e a transmissão ao vivo da sessão. A equipe técnica informou ainda que houve até mesmo queda do wi-fi na Casa.
A sessão para votar a PEC será retomada na quarta-feira, às 9h. Antes da plenária ser suspensa, os deputado aprovaram o texto-base da proposta e iriam começar a analisar os destaques do projeto.
Leia a nota completa da área técnica da Câmara:
“A área técnica da Câmara dos Deputados verificou instabilidade no sistema de votação remota a partir das 19 horas. A situação se agravou rapidamente, suspendendo qualquer possibilidade de votação à distância, inclusive com a queda da rede wi-fi. Foram interrompidos simultaneamente os dois links de Internet, fornecidos por empresas distintas. Trata-se de uma ocorrência grave e sem precedentes. Para assegurar que todos os deputados exerçam seu legítimo direito de voto, foi suspensa a sessão e determinada a investigação imediata das causas e responsabilidades da pane do sistema”.
Por O Globo