Redação Juruá Online
Durante este final de semana, em uma comunidade chamada Acuriá, que fica a 3 horas de distância de Marechal Thaumaturgo, uma denúncia foi feita ao Conselho Tutelar de que um pai supostamente estuprou suas duas filhas de 11 e 13 anos. A polícia civil foi até a residência da família, que fica em uma zona de mata isolada, e verificou que as meninas possuíam marcas de agressão, o que confirmou a denúncia.
Porém, o caso tomou outra interpretação quando foi feito o exame de corpo de delito para verificar a conjunção carnal, que confirmou que elas já teriam tido relações sexuais há algum tempo. No entanto, quando as supostas vítimas foram interrogadas, elas não confirmaram que tiveram relação com o pai, e sim com dois vizinhos, um de 11 e outro de 13 anos.
As marcas de agressões nas vítimas foram causadas pelo fato de o pai ter descoberto que as filhas estavam mantendo relações sexuais precocemente com os vizinhos, que também eram menores de idade. Ele as surrou como forma de punição. Testemunhas afirmaram que o pai batia nas meninas com certa frequência.
O delegado responsável pelo caso, Marcílio Laurentino, acredita que houve uma falha de comunicação entre os denunciantes e o conselho tutelar. Quando a equipe do conselho tutelar chegou ao local e perguntou às meninas se o pai as abusava, elas responderam “sim”. No entanto, devido à compreensão das meninas, é provável que elas tenham entendido que as surras que recebiam do pai também eram consideradas abuso, assim como o conselheiro tutelar estava se referindo. No entanto, quando foram questionadas diretamente sobre as relações sexuais na delegacia, elas confirmaram que foram com os vizinhos e não com o pai.
Na família, o pai sobrevive através da caça e a mãe da agricultura e do Bolsa Família. As condições de vida e acesso à informação no local são precárias, o que contribuiu para que as garotas tivessem relações sexuais precoces.
Por fim, o pai foi preso por violência doméstica devido ao excesso de surras que deu nas meninas.