O órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que monitora a atividade nuclear mundial viu indícios na Coreia do Norte de possíveis trabalhos de reprocessamento para separar o plutônio do combustível usado em reatores, que poderia ser usado em armas nucleares, disse o chefe da agência na segunda-feira (7).
A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) não tem acesso ao estado desde que Pyongyang expulsou seus inspetores em 2009. O país então avançou com seu programa de armas nucleares e logo retomou os testes nucleares. A última detonação de uma arma nuclear foi em 2017.
A Aiea, com sede em Viena, agora monitora as atividades norte-coreanas em locais, que incluem o principal complexo nuclear em Yongbyon, à distância, usando principalmente imagens de satélite.
Em uma atualização trimestral de uma reunião do Conselho de Governadores da agência composta por 35 nações, o diretor-geral da Aiea, Rafael Grossi, disse que vapor continua a emergir de uma planta que servia a um laboratório de reprocessamento em Pyongyang. Ele já havia relatado um aumento da emissão na última reunião dos lideres.
“A usina a vapor que atende o Laboratório de Radioquímicos continuou a operar desde minha última declaração ao Conselho em março”, disse ele no texto de um discurso.
“O tempo de duração dessa operação é compatível com o tempo necessário para uma campanha de reprocessamento no Laboratório de Ramoquímica. Não é possível, porém, constatar que o reprocessamento está ocorrendo”, acrescentou.
Via-CNN