O partido da oposição da Venezuela denunciou na terça-feira (10), através da rede social X, a prisão do político e ativista Jesús Armas.
O partido destacou que a detenção de Armas é “um exemplo claro da repressão e perseguição do regime de Nicolás Maduro contra a oposição”.
A CNN entrou em contato com o Ministério Público da Venezuela para solicitar informações sobre o caso e aguarda resposta.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, condenou a prisão em uma publicação no X nesta quarta-feira (11) e destacou que a responsabilidade pelo bem-estar do ativista recai sobre o governo venezuelano.
O grupo de Edmundo González e María Corina Machado afirmou que as detenções arbitrárias de opositores aumentaram desde as eleições presidenciais de 28 de julho no país – em que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou o presidente Maduro como vencedor, sem uma divulgação detalhada dos resultadas até o momento.
A oposição contesta os resultados, e Edmundo González está em asilo na Espanha desde setembro.
María Corina Machado, líder da oposição que apoiou González, também falou sobre Armas na terça-feira (10). No X, ela disse que o político “foi sequestrado por agentes do regime”. “Não descansaremos até libertá-lo e a todos os venezuelanos”, acrescentou.
A denúncia sobre a prisão de Jesús Armas ocorre um mês antes do início de um novo mandato presidencial. Tanto Maduro quanto González afirmam que tomarão posse em 10 de janeiro.
Após as eleições de 28 de julho, as tensões entre o governo de Maduro e os países que questionaram as eleições ou mesmo reconheceram González Urrutia como presidente eleito aumentaram.
A Venezuela tem registado protestos dentro do país, denúncias de repressão contra opositores e vigílias para exigir a libertação de detidos.
A organização de direitos humanos Foro Penal afirma que até 2 de dezembro havia 1.905 presos políticos na Venezuela: 1.863 adultos e 42 menores de idade.
Eleição na Venezuela teve urna eletrônica e voto impresso; entenda