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ONU: Unicef condena ataque no Níger que matou 58 pessoas

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O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) condenou os horríveis assassinatos de civis praticados por grupos armados não identificados no oeste do Níger. Segundo a agência, o atentado ocorreu em duas aldeias da região de Tillaberi. Pelo menos  58 pessoas morreram incluindo seis crianças de 11 a 17 anos 

Em comunicado, a diretora-regional do Unicef, Marie-Pierre Poirier, disse que a agência está profundamente triste e indignada com o ataque. No início de janeiro, grupos armados realizaram ataques simultâneos nas aldeias de Tchamo-Bangou e Zaroumdareye, matando pelo menos 100 pessoas, incluindo 17 crianças. 

Para Poirier, “o aumento da violência armada no Sahel Central está tendo um impacto arrasador na sobrevivência, educação, proteção e desenvolvimento das crianças.” 

A crescente insegurança ao longo das fronteiras aumentou as necessidades na região de Tillaberi, onde mais de 95 mil pessoas já estão deslocadas. 

ONU: Unicef condena ataque no Níger que matou 58 pessoas
Adolescentes em centro comunitário de Maradi, Níger, em fevereiro de 2020 (Foto: Unicef/Juan Haro)

Serviços sociais 

Há prejuízo no acesso de agências humanitárias a populações afetadas pelos conflitos nos últimos meses, disse a diretora-regional. “Chegar aos necessitados é cada vez mais desafiador”, disse Poirie. “A violência está prejudicando os meios de subsistência e o acesso aos serviços sociais, incluindo educação e saúde”.

Além disso, a insegurança está piorando vulnerabilidades já existentes. Segundo a diretora, “mulheres e crianças estão arcando com o impacto da violência.” 

O Níger ainda enfrenta várias crises humanitárias prolongadas que se agravaram pelos impactos da pandemia de Covid-19. De acordo com dados da ONU, cerca de 3,8 milhões de pessoas, incluindo 2 milhões de crianças, precisam de assistência humanitária em todo o país. 

O Unicef continua trabalhando com o Governo e seus parceiros nas comunidades afetadas para prestar às crianças e famílias proteção essencial, serviços de saúde e educação. 

“Apesar dos esforços, há urgência de mais apoio da comunidade internacional para parar a violência e ajudar a alcançar aqueles que têm maiores necessidades”, pontuou.

Via- A referência

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