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Novas imagens mostram crianças indígenas albinas fotografadas pela 1ª vez em 2015 em aldeia no AC

Agora maiores, as crianças devem passar por consulta com oftalmologista. Eles vivem na Aldeia Nova Mudança, em Santa Rosa do Purus.

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Por Tácita Muniz, g1 AC 

Novas fotos mostram como estão, atualmente, as três crianças indígenas albinas que vivem na Aldeia Kaxinawá Nova Mudança, localizada na cidade de Santa Rosa do Purus, no interior do Acre, a 300 km da capital Rio Branco. Vanessa, Orlando e Eleiana têm hoje 12, 10 e 8 anos, respectivamente.

Oito anos depois do registros, as crianças continuam na aldeia e chama atenção por quem passa no local.

As três crianças foram fotografadas pela primeira vez pelo fotógrafo Tiago Araújo em fevereiro de 2015, quando ele viajou pelas comunidades ribeirinhas e indígenas entre as cidades de Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus. O registro foi feito durante um trabalho de evangelização.

A mãe das crianças Elza Kaxinawá contou que as características dos filhos faziam com que eles fosse mais sensíveis ao calor e exposição ao sol.

Irmãos são mais sensíveis ao sol devido à pele mais clara — Foto: Sandra Brito/Arquivo Pessoal

“Vieram assim, não sei o que aconteceu. Eles são normais, só reclamam do sol e, às vezes, ficam doentes, têm coceiras por causa dos mosquitos e alergias. Fora isso, são iguais aos outros”, disse na época.

O contato com eles é difícil, porque vivem na aldeia, onde não têm internet ou sinal, então as informações sempre são atualizadas pelas equipes de saúde.

Quando as primeiras fotos foram divulgadas, especialistas confirmaram que casos de albinismo não eram comuns em aldeias e que era necessário um estudo mais aprofundado, no entanto, até hoje não houve uma pesquisa com relação a esses três casos. Dos 14 filhos de Elza, apenas os três nasceram com a pele extremamente clara.

A mãe, Elza Kaxinawá tem, ao todo, tem 14 filhos. A coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Purus, Carla Mioto, disse que a equipe esteve na aldeia na semana passada e não constatou nenhum problema de saúde grave nas crianças.

Indígenas vivem em aldeia no interior do Acre  — Foto: Sandra Brito/Arquivo Pessoal
Indígenas vivem em aldeia no interior do Acre — Foto: Sandra Brito/Arquivo Pessoal

“Elas estão bem, não têm dermatite e estão sendo bem alimentadas. O que estamos providenciando é uma consulta para as três crianças no oftalmologista”, disse.

O enfermeiro coordenador do Polo Base, Ítalo Dutra, disse que as crianças já chegaram, inclusive, a receber óculos.

“Os albinos fizeram acompanhamento com relação a oftalmologia, ganharam até os óculos, porém, em poucos dias de uso se desfizeram dos óculos. A equipe realizou uma entrada em área para aldeia deles há algumas semanas e não trouxeram informações que dizem respeito sobre a falta de saúde dele, aparentemente estão bem sadios”, disse.

Porém, Dutra confirmou que está sendo feita uma busca ativa dos indígenas que moram nas aldeias que precisam de atendimento especializado para ser agendado pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD).

Primeiro registro dos indígenas foi feito em 2018 durante uma ação de evangelização — Foto: Tiago Araújo/Arquivo pessoal

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