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No quarto trimestre de 2023, taxa de desemprego no Acre foi a segunda menor dos últimos 12 anos

Pelos dados, percebe-se que o quarto trimestre de 2023 apresentou a segunda menor taxa da série (6,7%), perdendo somente para o quarto trimestre de 2014 (6,3%).

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O IBGE divulgou no último dia 16 que a taxa de desocupação do Acre, no 4° trimestre de foi de 6,7%, subindo 0,5 ponto percentual (p. p.) em relação ao trimestre de julho a setembro de 2023 (6,2%) e caindo 3,3 p. p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (10,0%).
No gráfico a seguir demostram-se as taxas de desocupações para os 4º trimestres de 2012 (início das pesquisas anuais feitas pelo IBGE) até 2023, excetuando-se os anos de 2020 e 2021 que, devido a pandemia, deixaram de ser divulgados. Na tabela do gráfico, constam: as quantidades da população maior que 14 anos, dos que estavam no mercado de trabalho e os desocupados.

Pelos dados, percebe-se que o quarto trimestre de 2023 apresentou a segunda menor taxa da série (6,7%), perdendo somente para o quarto trimestre de 2014 (6,3%).

O IBGE também apresentou uma taxa média anual de desocupação, que pondera os resultados trimestrais de cada ano. Em 2023, a taxa do Acre foi de 7,8%, apontando uma queda de 4,9 p.p. frente à média do ano anterior (12,4%). Para esse mesmo indicador, regionalmente, 26 das 27 unidades da federação (UFs) registraram queda nesse indicador, com destaque para o Acre (-4,9 p.p.), o Maranhão (-3,5 p.p.) e o Rio de Janeiro e Amazonas (ambos -3,2 p.p.). Por outro lado, o único estado onde a taxa de desocupação cresceu foi Roraima (1,7 p.p.).

Uma informação importante é que, devido à queda do número de trabalhadores na força de trabalho, fez com que a população ocupada do Acre caísse 1,6%, saindo de 318 mil em 2022, para 313 mil em 2023.

Setores da Agropecuária, dos Serviços Públicos e da Construção perderam empregos de 2022 para 2023

Conforme pode observar-se no gráfico a seguir, os setores da Agropecuária – incluindo o setor florestal – dos serviços púbicos e da Construção perderam vagas entre 2022 e 2023. O primeiro perdeu 7 mil vagas (queda de 19,4%), o segundo perdeu 9 mil vagas (queda de 10,5%) e o terceiro perdeu mil vagas (queda de 5%). A saída de 19 mil trabalhadores que participavam da força de trabalho entre 2022 e 2023, certamente influenciou a perda dos empregos nesses setores.

Os demais setores cresceram, com destaque para o da indústria que cresceu 8,7%, dos
serviços privados (8,5%) e do Comércio (3,4%).

Caiu a taxa de informalidade entre os trabalhadores ocupados

A taxa de informalidade para o Acre foi de 44,1% da população ocupada. Ficando 3,1 p.
p. abaixo da taxa do quarto trimestre de 2022 (47,2%). A queda na taxa foi muito influenciada para o crescimento dos trabalhadores do setor privado que obtiveram a assinatura de suas carteiras de trabalho.

Subiu a taxa de desalentados

O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no
4º tri de 2023 foi de 6,9%. Um ano antes, o percentual foi de 6,4%. O número de
desalentados saltou de 24 para 25 mil. Lembrando que o IBGE considera desalentado
quem gostaria de trabalhar, porém não procura emprego por achar que não encontraria.
Essa população pode ser desmotivada a ingressar no mercado de trabalho por fatores
como idade, qualificação, cenário econômico ou localidade. É um número que não
agrada

Várias podem ter sido às causas da queda do desemprego e da taxa de informalidade no
Acre. O fato é de que, mesmo com 19 mil pessoas deixando o mercado de trabalho, o
percentual das pessoas que permaneceram nesse mercado conseguiu um nível maior de
ocupações. Todos esses fatores citados influenciaram a taxa de desemprego mais baixa.
Foi perceptível uma melhora no ambiente econômico. Mesmo com o Governo estadual
mantendo um baixo nível de investimento, pois gastou somente 395 milhões de reais,
cerca de 37% dos 1 bilhão e 68 milhões dos recursos disponíveis. Porém, o crescimento
do PIB nacional (estimado em 3%), proporcionou uma melhoria no ambiente econômico
local fazendo com que os empresários contratassem mais trabalhadores, inclusive com
carteira assinada, fato que contribuiu para uma queda na informalidade. São bons os
números.

Orlando Sabino escreve às sextas-feiras no Juruá Online

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