A aids é uma doença que ainda não tem cura, mas que pode ser tratada com medicamentos que reduzem a carga viral e aumentam a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, o mais importante é a prevenção, que envolve o uso de preservativos, a realização de testes rápidos e a adesão à PrEP, uma profilaxia que previne a infecção pelo HIV antes ou depois da exposição ao risco.

Essas foram algumas das orientações da médica infectologista Rita de Cássia, sobre a campanha Dezembro Vermelho, que visa conscientizar a população sobre a prevenção e o tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), especialmente o HIV.

A médica explicou que o Brasil tem uma parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para deixar a carga viral indetectável em mais de 95% dos pacientes no mundo todo. O país já conseguiu atingir essa meta em mais de 90% dos casos, mas ainda há muitas pessoas que não sabem que têm o vírus e que precisam fazer o teste rápido para iniciar o tratamento.

“Como o HIV não manifesta sintomas inicialmente, provavelmente tem muitas pessoas ainda não diagnósticas, que ainda nem sabem que tem o vírus e a única forma de saber que tem esse vírus é realizando o teste rápido”, disse a médica.

Ela também falou sobre a PrEP, que é um comprimido que bloqueia o vírus no organismo e que deve ser tomado de forma contínua por pessoas que têm uma exposição de risco maior, como profissionais do sexo ou pessoas que não usam preservativo com frequência. “A gente aconselha fazer a PrEP, que é tomar um comprimido e mais ou menos assim de forma contínua todo dia um comprimido e já em torno de 7 a 10 dias, a pessoa já tem uma cobertura boa para entrar em contato com o vírus”, afirmou.

No entanto, a médica alertou que a PrEP só protege contra o HIV e que existem outras doenças, como gonorreia, sífilis, clamídia, hepatite B e C, que também podem ser transmitidas pelo sexo sem proteção. Por isso, o uso de preservativo é fundamental para evitar essas complicações.

A médica informou que atualmente há 89 pacientes com HIV residentes no município de Cruzeiro do Sul, sendo que três casos novos foram diagnosticados este ano. Ela disse que todos estão sendo acompanhados e tratados e que estão estáveis. Ela também lamentou que o aumento dos casos esteja acontecendo em jovens abaixo de 24 anos, o que mostra a necessidade de falar de prevenção nas escolas e nas famílias.

“A aids é uma doença que depois que pega tem que fazer um tratamento contínuo, porque infelizmente ainda não tem cura. Então nós temos que falar de prevenção, uso de preservativos, porque a aids é uma doença que mata”, concluiu.

Por Juruá 24 Horas