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No AC, professora destaca possíveis temas para a redação do Enem de 2022

Quem vai fazer o Enem neste domingo (13) e no próximo, dia 20, bem que deveria prestar atenção nas linhas a seguir, com dicas essenciais a quem vai encarar as provas.

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Quem vai fazer o Enem neste domingo (13) e no próximo, dia 20, bem que deveria prestar atenção nas linhas a seguir, com dicas essenciais a quem vai encarar as provas. As dicas, aliás, vêm de quem já passou por isso e entende bem do assunto: a professora Adriana Alves, uma acreana com graduação em Letras Português e respectivas literaturas, pela Universidade Federal do Acre (2012), além de especialização em Educação Especial Inclusiva, pela Faculdade Acreana Euclides da Cunha (INEP (2014)), e Especialização em Libras pela Faculdade Uniasselvi (2020) e Mestre em Letras pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

Adriana Alves também é professora efetiva de Língua Portuguesa e respectivas literaturas na rede pública de ensino da educação básica, do Estado do Acre, e na rede municipal de Rio Branco, como Mediadora da Educação Especial. Atualmente é aluna no Curso de Doutorado em Letras: Linguagem e Identidade, da Universidade Federal do Acre (Ufac), com a pesquisa intitulada “Memórias de Professor da Cidade de Rio Branco, Acre (1945-1975)”, sob a orientação do Professor doutor Gerson Rodrigues de Albuquerque. A professora também tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, Linguística, Discurso e Formação de Professores e por isso suas dicas, que vêm a seguir, podem ser úteis. 

Adriana é professora, mestre e doutoranda pela Universidade Federal do Acre (Ufac)/Foto: ContilNet

A especialista explicou que pensar na redação de 2022 é “emblemático” e que a conjuntura política e ideológica atual do país deve nortear o tema escolhido.

“Eu acho que pensar na redação do deste ano é bem emblemático diante de toda a conjuntura política e ideológica que a gente está vivendo nos últimos dias, principalmente com a questão da mudança de Governo e  também da maneira como foi o Enem do ano passado”, destacou. 

“Em, 2017, foi voltado (o tema da Redação) para a Educação de Surdos; 2018, foi voltado para o controle de dados na Internet. Em 2019, 2020 e 2021 se percebe que há uma mudança na perspectiva das temáticas. Penso que isso está muito voltado à ideologia que a gente está vivendo. Você sai de uma Educação Inclusiva, de uma ideia de respeito à diversidade, religiosa, por exemplo, e vem para temáticas mais conservadoras, que tratam mais das questões relacionadas à cidadania”, continuou. 

A professora listou alguns temas que podem aparecer na prova deste domingo como o foco do texto dissertativo-argumentativo a ser elaborado pelo aluno. 

“A gente percebe então que há uma mudança bem emblemática na perspectiva da redação. Se pararmos para pensar e reparar no que os sites têm discutido sobre as possíveis temáticas da Redação do Enem, muitos professores que têm trabalhado em cursinhos mostram algo voltado para a pandemia, seus efeitos na Educação, que envolve aí todo o contexto pandêmico e, inclusive, a pós-pandemia. Outra temática que tem sido muito discutida se refere à importância do voto na Democracia. Eu acho que isso é bem relevante a gente pensar e pensar em que conceito de Democracia a nossa sociedade está ancorada; o crescimento econômico pós-pandemia. Outro tema em que eu penso refere-se à questão da representação feminina na política e também nos Desafios da Saúde Pública frente à questão da vacinação, que foi uma temática muito marcante, principalmente na questão infantil, pois muitos pais não vacinaram seus filhos, por medo”, salientou. 

O que o Enem cobra?  

“Cobra justamente isso: qual o posicionamento crítico dos nossos alunos a diversas temáticas, relacionadas à Cidadania, ao Trabalho, à Imigração, à Violência contra a Mulher e à Saúde Mental. Então, de alguma forma, essas dialogam com esses eixos temáticos que são cobrados na redação. Quando você pensa na Educação, tem aí o eixo Tecnologia, que foi o de 2018; Cultura, que foi o tema de 2019, e você tem outros como Saúde, em 2020, e Cidadania em 2021. Essas frentes são interessantes exatamente por isso, porque têm alguma relação com as temáticas gerais que são cobradas no Enem”, defendeu Adriana.

Banca de avaliação e as Notas Zero na Redação

“As escolas não falam sobre a banca de avaliação do Enem e o que leva alguns alunos a tirarem nota 0. Nessa Redação de 2022, continua sendo a banca que, antes de iniciar a avaliação da Redação, olha justamente para a grade de situações que leva Nota Zero. Na hierarquia, tenho aqui as formas elementares de anulação, que dentro da grade de correção chama-se FER (Formas Elementares de Anulação)”. 

“Se o professor da banca for corrigir uma redação e, lá no final, estiver o nome do aluno, por exemplo, o texto nem será corrigido porque isso está previsto nas Formas Elementares de Anulação. Vamos supor que esse aluno fez um desenho, um emoji, um número ou um sinal gráfico. Tudo isso vai ser considerado forma de anulação. Ou o aluno riscou o texto, deixando a palavra inelegível. Então, todas essas situações, com uma letra diferenciada ou um sinal gráfico, coraçãozinho, enfim, tudo isso faz com que o texto – que pode ser uma redação belíssima, com 30 linhas – seja anulado”.

Proibido copiar texto

“A segunda situação que faz um texto não ser corrigido no Enem chama-se cópia. O que acontece: os alunos, por não terem uma preparação voltada para o Enem não conseguem pegar textos motivadores e a partir daí criarem uma redação do próprio punho e fazem uma cópia integral. Se o aluno copia trecho de mais de sete linhas, que não seja produção dele, dentro da hierarquia, nós vamos ter uma cópia configurada, o que não é tolerado pela banca”. 

Fuga ao tema

“Outro ponto é o que se chama de fuga ao tema. Isso os professores falam. Mas o que os professores não falam? Se o aluno citar alguns pontos importantes que até se relacionam com a proposta, mas não entrar na temática em si, configura-se uma tangência ao texto. Ele tocou no assunto, mas não falou propriamente da temática. Também é possível que o aluno destaque uma situação que viveu sobre o tema, mas estará narrando e não dissertando. Além da fuga textual, é preciso estar atento ao não-atendimento textual, que é quando o candidato se propõe a narrar. Percebam que ele até toca na temática, mas no momento em que decide narrar a história da vida dele ou de uma situação parecida com o que viveu, nós dizemos que ele não atendeu ao tipo textual. O tipo textual chama-se dissertativo/argumentativo”.            

Com informações Contilnet.

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