Ação faz parte da Campanha Nacional Contra a Fome e Miséria, desenvolvidas em vários estados e que vai atender mais de 220 mil famílias nessa pandemia.
Famílias carentes que estão sem renda durante a pandemia e passando por necessidades no Acre vão receber cestas básicas da Campanha Nacional Contra à Fome e a Miséria. Ao todo, 130 famílias acreanas foram selecionadas e cadastradas para participar da ação solidária.
A campanha é promovida por movimentos sociais e organizações não governamentais e leva comida para a mesa de milhares de brasileiros. O público-alvo são famílias de pessoas negras, mas o movimento se estendeu a outras pessoas que precisam de ajuda nesse momento de dificuldades.
No Acre, a capital acreana, Rio Branco, foi selecionada para participar da ação. As doações de alimentos e materiais de limpeza podem ser deixadas em um ponto de arrecadação montado na Avenida Getúlio Vargas, no Bosque.
Já as contribuições em dinheiro deve ser feitas no site “Tem Gente com Fome”. O doador pode depositar de R$ 10 até R$ 5 mil na conta da campanha.
Em entrevista ao Jornal do Acre 1ª Edição, a coordenadora da campanha no Acre, Maria Santiago de Lima, explicou que em todo Brasil devem ser beneficiadas até 270 mil famílias.
Famílias carentes vão receber cestas básicas durante três meses — Foto: Reprodução/Jornal Nacional
“É uma campanha nacional, que é coordenada pela Coalizão Negra. A Coalizão Negra é uma entidade que faz um trabalho de articulação dos demais movimentos negros no Brasil, temos cerca de 200 organizações nessa articulação. Temos no cadastro mais de 220 mil famílias, mas esse número chega a mais. Nossa meta vai ser as 270 mil famílias. Estamos nessa campanha porque entendemos que é um momento crítico, além da pandemia, da crise econômica e quem sofre mais são as pessoas mais vulneráveis e sem acesso a essas políticas. O número de pessoas negras é predominante”, destacou.
Ainda segundo a coordenadora, vão ser beneficiadas também pessoas desempregadas, que eram trabalhadores ambulantes; donas de casa que tiravam a renda da venda de alguma produção independente e moradores que viviam de ‘bicos’ antes da pandemia.
“São pessoas que têm grande dificuldade para acessar o mercado de trabalho e que viviam de bicos no mercado informal, que hoje é o mais prejudicado por conta da pandemia e também do resultado da situação econômica que passa o país”, frisou a coordenadora.
Via: G1