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Netanyahu nega que Israel esteja atacando deliberadamente base da ONU no Líbano | CNN Brasil

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rebateu as acusações de que seus militares estão atacando deliberadamente as forças de paz da ONU no sul do Líbano, afirmando que elas são “completamente falsas”.

“É exatamente o oposto”, disse ele em uma declaração por vídeo nesta segunda-feira (14), acrescentando que Israel “pediu repetidamente às Forças Interinas das Nações Unidas no Líbano (Unifil) para saírem do caminho do perigo” e “deixarem temporariamente a zona de combate”.

Na semana passada, a ONU pontuou que os militares israelenses atiraram em suas forças de paz, entraram à força em uma base, interromperam um movimento logístico crítico e feriram mais de uma dúzia de suas tropas no sul do Líbano.

Israel acusou o Hezbollah de operar em áreas próximas aos postos da Unifil e alertou as forças de paz da ONU no Líbano de que estão em “caminho do perigo”.

“Israel não está lutando contra a Unifil. Não está lutando contra o povo do Líbano. Ele está lutando contra o Hezbollah, representante do Irã, que usa território libanês para atacar Israel”, pontuou Netanyahu.

Ele destacou ainda que “o Hezbollah usa instalações e posições da Unifil como cobertura enquanto ataca cidades e comunidades israelenses”.

O primeiro-ministro disse que seu país lamenta qualquer dano causado ao pessoal da Unifil e insistiu que seu Exército estava “fazendo o máximo para evitar tais incidentes”.

Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.

No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.

Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

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