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“Não há alternativa ao ajuste e ao choque“: confira frases de Milei em seu discurso de posse | CNN Brasil

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Novo presidente da Argentina, Javier Milei tomou posse do cargo neste domingo (10).

Ele quebrou o protocolo ao discursar para a população das escadarias do Congresso argentino. Para os presentes dentro do Parlamento, Milei nada disse.

Entre uma analogia à queda do Muro de Berlim e as citações a pensadores e ideias de economia libertária, Milei focou seu discurso na crise argentina e no nascimento daquilo que diz ser um novo projeto de país.

Hoje iniciamos a reconstrução deste modelo. Mas falhou especialmente em nosso país. Tal como a queda do Muro de Berlim marcou o fim de um período trágico para o mundo, estas eleições marcaram o ponto de virada da nossa história.

Não há espaço para discussão entre choque e gradualismo. Em primeiro lugar porque do ponto de vista empírico, todos os programas gradualistas terminaram mal, enquanto todos os programas de choque, exceto o de 1959, foram bem sucedidos. Em segundo lugar porque do ponto de vista teórico, se um país não tiver reputação, como infelizmente é o caso da Argentina, os empresários não investirão até verem o ajuste fiscal tornando-o recessivo. Em terceiro lugar, e não menos importante, para alcançar o gradualismo é necessário que haja financiamento. E infelizmente, devo dizer novamente, não há dinheiro.

A conclusão é que não há alternativa ao ajuste e não há alternativa ao choque. Naturalmente, isto terá um impacto negativo no nível de atividade, no emprego, nos salários reais e no número de pessoas pobres e indigentes. Haverá estagflação, é verdade, mas não é muito diferente do que aconteceu nos últimos 12 anos

Não pode haver dúvida de que a única opção possível é o ajuste, um ajuste ordenado que recai com toda a sua força sobre o Estado e não sobre o setor privado.

A situação na Argentina é crítica e emergencial. Não temos alternativas e também não temos tempo. Não temos espaço para discussões estéreis.

Não buscamos nem desejamos as decisões difíceis que terão de ser tomadas nas próximas semanas. Mas infelizmente eles não nos deixaram escolha. Contudo, nosso compromisso com os argentinos é inalterável.

Hoje começamos a desatar o caminho da decadência e começamos a trilhar o caminho da prosperidade. Temos tudo para ser o país que sempre sonhamos. Temos os recursos, temos as pessoas, temos a criatividade e, muito mais importante, temos a resiliência para progredir. Hoje abraçamos mais uma vez as ideias de liberdade, aquelas ideias que se resumem na definição de liberalismo do nosso maior herói das ideias de liberdade, o professor Alberto Venegas Lynch, que diz que “liberalismo é o respeito irrestrito pelo projeto de vida de outros baseados no princípio da não agressão, em defesa do direito à vida, à liberdade e à propriedade, cujas instituições fundamentais são a propriedade privada, os mercados livres de intervenção estatal, a livre concorrência, a divisão do trabalho e a cooperação social”.

*Com informações de Guilherme Padin, colaboração para a CNN

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