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MPF firma acordo com empresa para compensar comunidade indígena afetada por instalação de linhas de transmissão no Acre

Após paralisação das obras pela comunidade, um acordo foi discutido em reunião com o MPF e representantes da empresa.

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Redação Juruá Online

O Ministério Público Federal (MPF) assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Transmissora Acre SPE S.A. e a comunidade indígena Noke Ko’i, da terra indígena Campinas Katukina, em Cruzeiro do Sul (AC). A empresa concordou em pagar compensações financeiras à comunidade pela instalação de linhas de transmissão de energia e pela derrubada de árvores em seu território. Além disso, comprometeu-se a contratar os indígenas para serviços de roçada na área, e qualquer nova intervenção no empreendimento deverá ser feita em acordo com a comunidade.

Segundo inquérito civil do MPF, a construção da linha de Transmissão (LT) 230 kV Trecho Feijó – Cruzeiro do Sul afetou a comunidade, com a derrubada de árvores sagradas para os Noke Ko’i. A empresa foi criticada por não considerar aspectos socioculturais na compensação devida à comunidade e por falta de esclarecimento sobre estudos relacionados ao empreendimento.

Após paralisação das obras pela comunidade, um acordo foi discutido em reunião com o MPF e representantes da empresa. O TAC estabelece que a Transmissora Acre pagará compensações anuais à Associação Geral do Povo Noke Ko’i da Terra Indígena Campinas Katukina, para uso em ações de proteção territorial, tradições e soberania alimentar.

A empresa também se comprometeu a não derrubar mais árvores, exceto em casos de extrema necessidade, e a contratar a comunidade para serviços na área. A Funai poderá propor ajustes no plano ambiental do empreendimento, conforme análise dos relatórios e consulta à comunidade e à empresa.

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