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MP vai recorrer de decisão que soltou empresário que agrediu professor em bar no AC; vítima perdeu o olho

O Ministério Público do Acre (MP-AC) publicou, nesta sexta-feira (13), uma nota que diz que irá recorrer da decisão que soltou o empresário Adriano Vasconcelos Correa da Silva, de 47 anos, acusado de agredir o professor Paulo Henrique da Costa Brito, de 21 anos, que perdeu o olho no último dia 3 de outubro em um bar de Brasiléia, no interior do Acre.

Na nota, o MP fala que entrará, por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Brasiléia, com recurso contra a decisão da Justiça que foi expedida no dia da audiência de custódia, na quarta-feira (4).

“A prisão preventiva foi solicitada pelo MPAC dois dias após o ocorrido, levando em consideração a consistência das evidências quanto à autoria e a gravidade concreta do crime, que chegaram ao conhecimento do Ministério Público após o processo de flagrante. Contudo, a decisão proferida pelo Poder Judiciário manteve a concessão de liberdade provisória ao acusado”, diz o órgão.

O MP já tinha entrado com o pedido de prisão preventiva. Contudo, após audiência, Adriano foi solto após pagar R$ 10 mil de fiança. O delegado que acompanha o caso, Erick Maciel, havia informado que a fiança foi estipulada pelo próprio juiz da audiência.

Ao realizar o pedido, o MP informou ainda que tanto o jovem quanto a família estão sendo acompanhados pelo Centro de Atendimento à Vítima (CAV) para garantir a proteção e segurança da vítima e de sua família durante todo o processo.

Agressão

O momento foi captado por câmeras de segurança de um bar de Brasiléia (veja o vídeo abaixo). O homem, que está com um copo de vidro na mão, agride o professor não se intimidando nem mesmo com uma viatura da Polícia Militar que estava parada ao lado de onde tudo aconteceu.

O copo de vidro que estava na mão do empresário quebrou, causando lesões graves no olho esquerdo do professor, que passou por cirurgia e retirou o olho.

No início das investigações, o delegado havia confirmado ter iniciado as oitivas de testemunhas. Ele disse ainda que tinha 30 dias para concluir o inquérito e remeter ao Judiciário.

“Nossa dúvida é só quanto a questão da motivação, porque a autoria é inconteste, as provas, os vídeos mostram. Até o momento, não soubemos de nada que possa justificar essa desproporcionalidade. Também temos ainda que ouvir a vítima, mas por conta da situação clínica dela, ainda não foi possível. Vamos esperar ele se restabelecer para ser ouvido. Ele também vai ser submetido a perícia, para o laudo da materialidade definitiva”, disse Maciel.

Por g1

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