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Moradores do Ramal do Centrinho enfrentam transtornos causados por falta de infraestrutura

Nossa equipe entrou em contato com a Secretaria de Obras Públicas de Cruzeiro do Sul, e o secretário Josinaldo Batista informou que a equipe realizará visitas no ramal para providenciar melhorias.

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Redação Juruá Online

Há oito anos, o Ramal do Centrinho, localizado em Cruzeiro do Sul, tornou-se lar para cerca de 150 famílias. No entanto, a falta de infraestrutura adequada tem causado inúmeros transtornos, especialmente durante o inverno, época de chuvas intensas na região.

Apesar dos constantes pedidos de reparo às autoridades municipais, pouco ou nenhum progresso foi feito para resolver os problemas enfrentados pela comunidade. Cristiano Gomes de Castro, presidente do Ramal, expressa a frustração dos moradores, afirmando que as tentativas de contato com os órgãos responsáveis não obtiveram retorno.

“A gente já procurou os órgãos responsáveis. Infelizmente, para tirar esses atoleiros que estão nos isolando, pois temos produção para retirar. Porém, eles só vêm aqui no verão; no inverno, não aparecem para ver a realidade. A resposta foi que, nesse período, não dá para trabalhar no ramal, pois o solo é ruim. Mas como é possível não trabalhar em um ramal como esse, enquanto em outros lugares piores do que aqui se trabalha? Temos provas de que estão trabalhando em locais piores do que este. Com três dias de sol, aqui qualquer máquina entra; é algo simples”, disse o presidente.

Os prejuízos econômicos causados pela falta de infraestrutura também são relatados. Em menos de dois meses, cinco veículos ficaram atolados na lama, obrigando os moradores a arcar com custos de resgate que chegam a 300 reais. Além disso, a incapacidade de escoar a produção agrícola afeta diretamente a economia local, privando tanto os produtores quanto os consumidores de acesso aos produtos.

João Paulo de Castro, agricultor e residente do ramal, destaca os desafios enfrentados pelos produtores locais. “Já perdi vários produtos aqui dentro, pois não tenho condições de carregar nas costas. Já vivo doente por carregar produtos nas costas. Peço aos órgãos competentes que olhem para o nosso lado como agricultores”, disse.

O impacto negativo para os produtores tem consequências diretas no mercado local, uma vez que a dificuldade de transporte dos produtos afeta tanto os agricultores quanto os compradores.

Dejacir Souza, um morador do ramal desde 2014, relata que sua produção está sofrendo fortemente com essa situação. Ele menciona que não consegue transportar seus produtos, incluindo alimentos para os peixes. “Não conseguimos passar com nada, nem mesmo para alimentar os peixes. Está tudo abandonado e ninguém faz nada.”, relata.

Nossa equipe entrou em contato com a Secretaria de Obras Públicas de Cruzeiro do Sul, e o secretário Josinaldo Batista informou que a equipe realizará visitas no ramal para providenciar melhorias.

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