Os moradores de Rodrigues Alves fecharam na manhã desta quarta-feira, 27, a BR-364 na altura da rotatória do município.
A manifestação foi liderada pela Comissão Pro-Ponte, que luta pela contribuição de uma ponte sobre o Rio Juruá ligando Cruzeiro do Sul a Rodrigues Alves. Após não obterem respostas do poder público, a comissão decidiu fechar a Rodovia para chamar a atenção das autoridades.
Um dos membros da comissão, Ralf Fernandes falou do ato em que deixa por tempo indeterminado as rodovias BR-364 e Variante interditadas.
“Dialogamos incansavelmente no decorrer dos últimos dez anos com os nossos representantes.Infelizmente ficou no discurso, na promessa e a nossa ponte sobre o rio Juruá no perímetro de Rodrigues Alves ficou no esquecimento pois os documentos foram arquivados”, ressaltou Ralf Fernandes do (Movimento Pro-Ponte).
O Vereador Neto do Jamilson, que também faz parte do movimento, falou da importância da ponte para o município. “Estamos aqui juntos e esperamos um posicionamento completo da bancada federal, principalmente do governador que prometeu essa ponte”.
Por consequência do movimento, uma fila de veículo se formou na região, produtores rurais, caminhões com produtos alimentícios e passageiros,
Seu Sergio André saiu de casa às 2:00h da madrugada do ramal 3 e se deparou com a manifestação. ‘Desde duas horas estamos lutando e agora chegamos aqui e estamos impedidos de prosseguir. Tô com o pé doente, doido pra chegar em Cruzeiro e tomar uma injeção pra ver se melhoro”, questionou.
O motorista de Tarauacá com alimentos perecíveis, corre o risco de perder o produto, se não passasse até o meio dia. “Vamos ver o que vai acontecer. Os alimentos só duram no máximo ao meio dia”.
O analista do Departamento de Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) falou do projeto que já esta sendo elaborado para a construção tanto da ponte, como da estrada que liga o Acre ao Peru. “Na realidade o DNIT, lá atrás, a gente iniciou esse projeto, hoje temos uma empresa contratada para elaborar o projeto. Está na fase final de publicação de contrato e eu creio que no máximo 30 a 40 dias a empresa já estejam começando a se mobilizar para dar o ponta pé inicial desse projeto, que contempla a ponte e a ligação com Pucalpa” relatou Thiago Caetano (Anal.De Infra. DNIT)
Em sua fala citou ainda que a obra não parte do governo do estado, mas que o auxílio é fundamental para a viabilização do recurso para a construção. “É uma ação do DNIT e não envolve o governo do estado. Agora é claro que o governo pode ajudar no processo mobilizando a bancada federal ou buscando um próprio convênio do DNIT”.
Redação Juruá Online