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Moradores de Brumadinho convivem com alta exposição a metais, diz Fiocruz

O estudo, que avalia as condições de vida, saúde e trabalho da população de Brumadinho depois do desastre provocado pelo rompimento da barragem da mineradora Vale, em janeiro de 2019, avalia também a saúde mental dos moradores.

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Adultos, crianças e adolescentes da cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, têm no corpo uma concentração elevada de metais como arsênio, manganês, cádmio, mercúrio e chumbo, segundo a primeira etapa da pesquisa Programa de Ações Integradas em Saúde de Brumadinho.

Elaborada por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Minas Gerais e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a pesquisa mostra que, entre os adolescentes, alguns metais estão acima dos limites de referência, com destaque para arsênio total na urina (28,9% com mais de 10 μg/g creatinina), manganês no sangue (52,3% com mais de 15 μg/L) e chumbo no sangue (12,2% com mais de10 μg/dL).

Já nos adultos, o estudo apresentou elevadas proporções de níveis aumentados de arsênio total na urina (33,7%) e de manganês no sangue (37%).

O estudo, que avalia as condições de vida, saúde e trabalho da população de Brumadinho depois do desastre provocado pelo rompimento da barragem da mineradora Vale, em janeiro de 2019, avalia também a saúde mental dos moradores e os resultados do Projeto Bruminha, relacionado a crianças.

Conforme a Fiocruz, a pesquisa é feita em duas frentes de trabalho. Uma tem foco na população com idade acima de 12 anos, chamada Saúde Brumadinho, e outra destinada às crianças de 0 a 6 anos de idade.

Ao todo, são 3.297 participantes, sendo 217 crianças, 275 adolescentes com idade entre 12 e 17 anos, e 2.805 adultos com mais de 18 anos. Os dados foram coletados no segundo semestre de 2021. A pandemia atrasou o começo da coleta de dados, que inicialmente estava prevista para um período mais próximo do rompimento da barragem.

Com Informações Agência Brasil

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