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Ministérios divulgam dados sobre desigualdade salarial no Acre

Com base no 1º Relatório de Transparência Salarial com enfoque de gênero, que abrange empresas com mais de 100 funcionários, a média salarial das mulheres é 18,3% inferior à dos homens.

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Redação Juruá Online

Na segunda-feira (25), os Ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE) lançaram um relatório revelando uma disparidade salarial preocupante entre homens e mulheres no Acre. Com base no 1º Relatório de Transparência Salarial com enfoque de gênero, que abrange empresas com mais de 100 funcionários, a média salarial das mulheres é 18,3% inferior à dos homens.

O levantamento, realizado com a participação de 104 empresas locais, totalizando 33,5 mil trabalhadores, é uma resposta à Lei nº 14.611, que trata da Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada em julho de 2023 pelo presidente Lula.

A desigualdade salarial persiste em diversas áreas profissionais, afetando não apenas o aspecto econômico das mulheres, mas também exacerbando disparidades sociais e de oportunidades. Em Rio Branco, é comum encontrar mulheres que recebem salários menores que seus colegas masculinos, mesmo desempenhando as mesmas funções.

A discrepância salarial varia conforme o grupo ocupacional, alcançando 35,6% em cargos de dirigentes e gerentes. Apesar disso, apenas uma parcela das empresas (43,8%) possui planos de cargos e salários, enquanto 31,3% adotam políticas de promoção de mulheres a cargos de liderança, e apenas 10,4% têm políticas de apoio à contratação feminina.

Os relatos de profissionais corroboram com os dados, evidenciando experiências de discriminação salarial. Sandra de Jesus, consultora de vendas, e Clícia Félix, autônoma, compartilham casos em que receberam menos que colegas masculinos, mesmo realizando o mesmo trabalho.

O relatório também destaca a disparidade salarial entre mulheres negras e brancas, refletindo uma desigualdade persistente. Tatiana Martins, advogada especialista em direito do trabalho, ressalta a necessidade de ações contínuas para promover a equidade salarial e criar ambientes de trabalho justos e inclusivos.

A advogada enfatiza a importância de políticas empresariais e engajamento da sociedade para eliminar essa disparidade salarial e garantir direitos iguais para todos os trabalhadores, independentemente de gênero ou raça.

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