O buraco na camada de ozônio neste ano cresceu consideravelmente nas últimas duas semanas e agora é maior do que 75% dos buracos de ozônio deste período desde 1979.
De acordo com a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Luciana Gatti, este dado, que é do Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus (CAMS), pode ser explicado devido à época do ano em que estamos.
“Nesse período de setembro e outubro, acontece uma condição específica sobre o Polo Sul que favorece essas reações com o ozônio, com o final do inverno e início do verão, formam-se nuvens altas que aceleram o processo e rareiam ainda mais a camada”, disse.
Ela destaca que os danos à camada de ozônio – que serve de proteção, como um filtro, contra os raios ultravioleta do sol que causam câncer – foram ocasionados pela ação do homem.
Na década de 1990, houve um grande acordo para que o uso de gases como Bromo e Clorofluorcarbonetos (CFC) – em aparelhos de ar-condicionado e geladeiras, por exemplo – fosse interrompido.
No entanto, Luciana afirma que “esses gases têm vida longa”: “Apesar de ter parado de usar, eles têm meia vida de 150 anos, que não se destrói.”
Ela diz que é necessário “arcar com as consequências” da decisão de usar os gases danosos. “Temos que pensar no futuro, substituímos os causadores de danos à camada de ozônio por outros que ajudam a aquecer o planeta”, lamentou.
Neste momento, Luciana alerta, é necessário um maior cuidado com o sol: “As pessoas precisam tomar menos sol, usar filtro solar, não se expor aos raios solares com intensidade das 10h até 15h”.
Via – CNN