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Mercedes bate o martelo sobre contratação para substituir Hamilton

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Um assunto muito falado nos bastidores da Fórmula 1 é sobre quem vai pilotar pela Mercedes ao lado de George Russell em 2025. Encontrar um substituto para Lewis Hamilton não é tão fácil, e esse motivo nos leva a uma questão: O que a equipe alemã vai decidir sobre o novo piloto do time?

A Mercedes foi pega de surpresa com a decisão de Lewis Hamilton de acionar uma cláusula que permitia a ele rescindir seu contrato um ano antes do previsto e assinar com a Ferrari para 2025. No entanto, em questão de semanas, isso colocou a equipe em uma posição favorável para aproveitar outro movimento inesperado: a possibilidade de Max Verstappen deixar a Red Bull.

À primeira vista, pode parecer absurdo imaginar que o melhor piloto da atualidade consideraria deixar a melhor equipe da atualidade. Mas é uma consideração a médio prazo.

Em 2026, está prevista uma grande mudança no regulamento da Fórmula 1, tanto nos motores quanto nos carros, e há informações desanimadoras sobre o desempenho da unidade de potência que a Red Bull está desenvolvendo em parceria com a Ford, algo inédito em sua história.

É por esse motivo que os aliados de Max Verstappen, incluindo seu pai Jos e, mais recentemente, Helmut Marko, têm expressado publicamente a necessidade de mudanças na liderança da equipe.

Eles aproveitam uma denúncia de comportamento inadequado feita por uma funcionária da Red Bull contra o chefe da equipe, Christian Horner, na tentativa de pressionar por sua saída. Acredita-se que uma alteração nesse nível poderia resultar em uma brecha contratual para liberar Verstappen.

Apesar da crença de que possa permanecer no comando da equipe, Horner afirmou que “não se pode obrigar alguém a permanecer em algum lugar por causa de um pedaço de papel. Se alguém não desejar continuar nesta equipe, não vamos retê-lo contra sua vontade. Isso se aplica a qualquer membro da equipe.”

Mercedes decide esperar

É evidente que a Mercedes está observando de perto a situação. O chefe da equipe, Toto Wolff, encontrou-se com Jos Verstappen no Bahrein e está em conversações com o empresário do piloto, Raymond Vermeulen. Wolff está ciente das garantias solicitadas por Verstappen.

“Adoraríamos tê-lo conosco, mas primeiro precisamos acertar o nosso carro. Precisamos oferecer um carro competitivo para nossos atuais pilotos, George e Lewis, antes de pensar no futuro”, lembrou Wolff após um fim de semana que expôs sérios problemas do carro nas curvas de alta velocidade.

Por que tanto se fala sobre a possibilidade de Verstappen se juntar à Mercedes, mesmo com a equipe enfrentando tantos desafios nos últimos anos? Em linhas gerais, nas duas últimas vezes em que a aerodinâmica foi mais crucial que o desempenho do motor no regulamento, a Red Bull dominou, graças ao seu forte departamento liderado por Adrian Newey.

Em 2014, quando o motor foi o fator diferencial, a Mercedes se destacou muito mais que os rivais. Em 2026, haverá mudanças nos carros também, mas o foco principal será o retorno do motor (cujo desenvolvimento está atualmente congelado) como um fator chave de performance.

No entanto, há algumas diferenças fundamentais. Para 2014, a Mercedes desenvolveu duas unidades de potência em paralelo até entender qual seria a melhor abordagem, algo que não é possível atualmente devido às limitações de desenvolvimento impostas pelo teto de gastos, estabelecido em 95 milhões de dólares. Além disso, trabalharam em estreita colaboração com a federação na definição dessas regras.

Assim, o sucesso de 2014 não garante que a Mercedes terá novamente o melhor motor. Hoje, a Ferrari possui uma experiência muito maior do que há 10 anos com motores híbridos, e a Honda (que terá a Aston Martin como equipe de fábrica) compreendeu muito melhor os segredos do motor da Fórmula 1. Além disso, todas as equipes estão operando dentro do teto de gastos.

Para Max ou qualquer outro piloto, é difícil fazer essa aposta, especialmente porque o regulamento para o carro de 2026 ainda não foi aprovado (espera-se que seja até junho).

Do lado da Mercedes, conscientes de que têm uma das vagas mais desejadas do grid, não há pressa. A menos, é claro, que Verstappen esteja disponível.

“Acho que vamos aguardar”, disse Wolff. “Há algumas opções interessantes. Quanto mais pudermos analisar a temporada, observar os pilotos jovens e os mais experientes, melhor. Não será uma decisão que tomaremos nas próximas semanas. É uma questão de meses, dependendo de como as coisas se desenrolam.”

E Verstappen pode não ser o único a deixar a Red Bull. As equipes rivais, principalmente a Ferrari, que busca reforçar sua equipe de engenharia, estão de olho na tensão interna da Red Bull, esperando tirar vantagem disso.

Mesmo se o piloto optar por permanecer após uma possível saída do chefe, uma equipe sem Horner acabaria sendo politicamente dominada pelos Verstappen, após meses de lutas internas pelo poder.

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