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Média de atendimentos de pacientes com sintomas da Covid-19 cai para 70 por dia no Into-AC

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Os atendimentos de casos suspeitos de Covid-19 seguem caindo no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Acre (Into-AC), hospital de referência para os casos no estado, em Rio Branco. Em março, os atendimentos chegaram a 300 por dia e agora, três meses depois, são contabilizados entre 70 a 80 diariamente.

Essa redução começou no início do mês de junho, quando já foi percebida uma queda de 70% nos atendimentos de pessoas com sintomas do novo coronavírus.

Entre os meses fevereiro e março, a saúde do Acre entrou em colapso quando tanto os leitos clínicos como de UTI das unidades de saúde ficaram com 100% de lotação e pacientes ficaram em filas à espera por vaga. Houve ainda transferência de pacientes da capital para Cruzeiro do Sul e para Manaus.

Nesta segunda-feira (28), a direção do Into-AC informou que dos 50 leitos de UTI, 20 estão ocupados. No Hospital de Campanha de Rio Branco (HCamp) tem 25 pessoas internadas na enfermaria. Segundo o diretor do Into-AC, o médico Osvaldo Leal, essa média tem se mantido.

“Desde sábado [26] tem se mantido essa faixa, em torno de 20 na UTI e 25 na enfermaria. No pronto-atendimento com esse frio é que vai reduzir mesmo. Os últimos dados que temos, que saíram ontem [domingo,27] são cerca de 70 a 80 atendimentos nos últimos dias”, complementou.

Atendimentos diários no Into-AC caíram para 70 a 80 de casos de Covid-19 — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Atendimentos diários no Into-AC caíram para 70 a 80 de casos de Covid-19 — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

O gestor disse que ainda não é possível atribuir essa redução totalmente à vacinação, uma vez que apenas 72.120 moradores do Acre receberam a segunda dose da vacina contra a Covid-19. O número representa 8,06% do público-alvo imunizado no estado.

“Alguns públicos, como profissionais de saúde, já não adoecem mais. É um público que já tem um impacto da vacinação, já tomou a segunda dose. Essas pessoas que têm a segunda dose há mais de um mês estão protegidas, mas elas não representam um extrato de uma população. As pessoas acima de 60 anos estão todas protegidas, diminuiu bastante a internação desse público e acreditamos que tem um efeito”, destacou.

Ainda segundo Leal, parte dessa redução tem a ver com as medidas restritivas adotadas após o Acre voltar para a bandeira vermelha, no dia 1º de fevereiro. Em março, o governo adotou o fechamento emergencial do comércio e outros serviços nos fins de semanas e feriados para tentar reduzir os casos de Covid-19 e a alta demanda nos hospitais.

“Acho que foi um movimento mais coletivo mesmo, ficamos quase quatro meses com as restrições. Na última reunião de maio do Comitê que migrou para a bandeira amarela. Acho também que algumas pessoas ficaram amedrontadas ou perceberam que a situação era muito grave e se resguardaram. Nossa taxa de transmissão está baixa há algum tempo”, afirmou.

Sem mortes há três dias

Desde sábado (26) o Acre não confirma mortes pelo novo coronavírus. O último óbito pela doença foi na sexta (25). Em junho o estado alcançou 74 mortes.

Cenário bastante diferente do registrado no mês de março quando o Acre registrou 264 mortes pela Covid-19, superando a marca de junho de 2020, que registrou 217 mortes.

Também nesta segunda, apenas 33 novos casos de infecção por coronavírus foram registrados, fazendo com o que o número de infectados saísse de 85.463 para 85.496. O de mortes permanece em 1.736.

O número de exames de RT-PCR aguardando análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen) ou do Centro de Infectologia Charles Mérieux caiu para 35. Desde o início da pandemia, 79.491 pessoas já receberam alta médica da doença.

Dos 106 leitos de UTI nos hospitais da rede SUS disponibilizados no estado, 39 estão ocupados. Com isso, a taxa de ocupação dos leitos subiu para 37%. Os leitos de UTI estão concentrados na capital, com 80 vagas, e Cruzeiro do Sul, com 26.

Por G1 ACRE

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