As companhias aéreas cancelaram mais de 3 mil voos em todo mundo, 25% deles nos Estados Unidos, devido à expansão da variante Ômicron da Covid-19.
Os dados são do site Flightaware, colhidos até o início da tarde desta sexta-feira (24), e incluem voos internacionais e domésticas. Até quinta-feira (23), o número de cancelamentos chegava a 2.231, segundo o site.
No Brasil, Azul, Gol e Latam disseram ao g1 que não houve cancelamentos de voos nesta sexta, nem há previsão de cancelamentos de viagens agendadas.
A maioria dos voos foi programada antes do surto de Ômicron, variante que está se espalhando em grande velocidade e é mais contagiosa do que as anteriores.
Inúmeras empresas ouvidas pela AFP mencionaram como causa a nova onda da pandemia, que afeta, em especial, as tripulações.
Conforme a Flightaware, a United Airlines teve de cancelar mais de 170 voos nesta sexta-feira, o correspondente a 9% dos programados.
“O pico de casos de Ômicron em todo país esta semana teve um impacto direto nas nossas tripulações e nas pessoas que dirigem nossas operações”, relatou a empresa, que disse estar trabalhando para encontrar soluções para os passageiros afetados.
A Delta Air Lines cancelou 145 voos, de acordo com a Flightaware, por causa da Ômicron e, em menor medida, devido a condições climáticas adversas.
“As equipes da Delta Air Lines esgotaram todas as opções e recursos” antes de chegar a esses cancelamentos, ressaltou a companhia aérea. E mais de dez voos da Alaska Airlines foram cancelados, depois que alguns de seus funcionários relataram terem sido “potencialmente expostos ao vírus”.
No Reino Unido, muitas indústrias e redes de transporte lutavam com a falta de pessoal, já que os trabalhadores doentes se isolavam, de acordo com agência Reuters.
Apesar das notícias sombrias em todo o mundo, milhões de americanos continuaram com seus planos de viagem. Segundo estimativa da Associação de Tráfego americana, a previsão é que as viagens de trem, ônibus e carro aumentem 34% em relação ao ano passado.
Por France Presse