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Lockdown é tema de debate na Câmara de Vereadores com representantes da Indústria e Comércio do Juruá

"Nossa proposta é que o Comitê Covid, demonstre os números de Cruzeiro do Sul. E que se nesse número existe a queda, que ele deixe o comércio e a indústria trabalharem e que as pessoas possam voltar as suas atividades normalmente".

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A decretação de Lockdown no Acre, especialmente no Vale do juruá, tem levado setores da Indústria e Comércio de Cruzeiro do Sul a questionarem a necessidade dessa medida e a sua real efetividade.
Na noite desta terça-feira, 06, a coordenadora da Federação das Indústrias do Acre no Juruá (FIEAC) Janaína Terças e o Presidente da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul Luiz Cunha, estiveram na tribuna da Câmara de vereadores à convite, para apresentarem sua preocupação com a crise sanitária por conta da pandemia do novo coronavírus, mas especialmente com o setor econômico do município que sente com as restrições aplicadas ao empresariado local e consequentemente seus colaboradores.

O debate foi proposto pelo vereador Cristiano Rodrigues (MDB) que apresentou requerimento à Mesa Diretora com a proposta para que os vereadores se posicionem contra o lockdown. Os empresários solicitaram apoio dos vereadores para pedir ao governador Gladson Cameli e ao Comitê Covid uma avaliação mais criteriosa da região e a suspensão da medida.
O entendimento dos vereadores e dos empresários é que o Comitê Covid precisa reavaliar a situação de Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Estado, onde os números de infectados pela doença tem diminuído significativamente e que precisa ser reavaliada para que a cidade não tenha que ser submetida novamente a mais um lockdown.
“Pessoalmente me posiciono contrário ao fechamento do comércio nos fins de semana. Percebemos que as aglomerações ocorridas em supermercados nas vésperas dos lockdowns são muito grandes, além da dura realidade de que os trabalhadores autônomos e pequenos comerciantes estão vivendo por conta do fechamento das empresas”, avalia o presidente, vereador Franciney Freitas (PP).

Autor do requerimento o vereador Cristiano demostra sua solidariedade aos empresários. “Como somos representantes do povo precisamos sempre ouvir os lados e a vinda dos empresários tem grande importância para que os demais colegas vereadores fossem esclarecidos sobre a aglomeração desnecessária nas vésperas dos lockdowns”, afirma.
Luiz Cunha destaca que o Comitê Covid precisa avaliar os números da doença em Cruzeiro do Sul de acordo com os números apresentados pelos dados da Saúde. “Percebemos que há demonstração de queda nos índices da doença e se confirmada a diminuição possam deixar o comércio trabalhar para que as pessoas possam voltas as atividades, porque não há necessidade de lockdown pois os números diminuíram muito”.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde e os dados do Hospital de Campanha, caiu o número de internações na Clinica e na UTI. O mesmo ocorreu no Posto Mão Amiga da prefeitura. Um exemplo, no final de semana de 5 a 7 de fevereiro morreram 8 pessoas com Covid e haviam 93 pessoas internadas com 17 na UTI. No dia 24 de março, haviam 65 internados, sendo 51 na clínica e 14 na UTI e 2 óbitos. Há um mês era uma média de 70 novos casos por dia e atualmente são em média 37”.

A representante da indústria no Juruá, Janaína Terças, também mostrou sua preocupação. “Nós viemos aqui hoje, à casa Legislativa do município de Cruzeiro do Sul pois estamos preocupados com a economia do município e o possível desabastecimento da cidade. Veja que até a fábrica de gelo é fechada aos sábados e domingos, prejudicando os pescadores que precisam vender o pescado no mercado durante a semana, entre outras situações. Nossa proposta é que o Comitê Covid, demonstre os números de Cruzeiro do Sul. E que se nesse número existe a queda, que ele deixe o comércio e a indústria trabalharem e que as pessoas possam voltar as suas atividades normalmente, tendo em vista que não há necessidade na nossa região devido á diminuição dos casos de Covid-19”, concluiu.


O vereador Elter Nóbrega avalia que a Câmara Municipal tem discutido exaustivamente a questão da economia do município depois de constatar que as empresas estão começando a demitir os funcionários e algumas delas até fechando suas portas. “Vejo que o Luiz e a Janaína não estão agindo com irresponsabilidade ou subestimando a doença. Está havendo uma grande hipocrisia, porque os maiores problemas de aglomeração estão sendo feitos nas filas dos bancos e o governo na realidade tem que cobrar mesmo é de quem está fazendo acontecer as aglomerações”, avalia.

Da Redação Juruá Online

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