Leite, frango e café pressionam alta da cesta básica em Cruzeiro do Sul; preço sobe 0,41% em abril

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Os preços dos alimentos essenciais em Cruzeiro do Sul continuam pressionando o bolso dos consumidores. Em abril, a cesta básica na cidade teve aumento de 0,41% em relação ao mês anterior, influenciada especialmente pela alta nos valores do leite, frango e café.

De acordo com a pesquisa da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, o café em pó registrou uma alta expressiva de 15,12%, seguido pelo pão francês, que subiu 54,13%. Além disso, os preços do leite, dos ovos e do frango também apresentaram aumentos consideráveis, dificultando a rotina das famílias locais.

Moradores relatam que comprar no supermercado virou um desafio. “Há um ano que moro aqui e sinto muita diferença nos preços, desde os alimentos até os produtos de limpeza. O frango, que costumávamos estocar, agora só compramos o necessário, pois deixou de ser barato”, comenta Gisele Estevão, dona de casa.

A vice-presidente da Associação Comercial, Núcia Melo, explica que a alta nos preços dos alimentos está atrelada ao aumento nos custos dos fornecedores, além do impacto do tempo maior de transporte, que passou de 12 para até 24 horas entre São Paulo e Cruzeiro do Sul. “Esses fatores refletem diretamente na cesta básica do consumidor do Vale do Juruá”, diz.

Nem só os aumentos preocupam. A pesquisa também apontou quedas de preços, como no arroz, que caiu 14,50%, e na margarina, com redução de 11,49%. Porém, esse alívio é insuficiente para equilibrar o orçamento das famílias.

O economista Rubiclei Gomes aconselha os consumidores a pesquisarem preços antecipadamente e considerarem compras online, que muitas vezes oferecem valores mais acessíveis e até frete grátis para o Acre.

Por fim, especialistas alertam para a necessidade de pequenas estratégias de sobrevivência, como o cultivo em quintais e a produção própria de alimentos, diante da expectativa de que a situação econômica local e nacional deve se agravar. “Aqui somos um estado rural e temos potencial para a agricultura familiar. Investir em terra e na produção de alimentos pode ser um caminho para enfrentar os desafios que virão”, finaliza Melo.

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