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Justiça do Acre aceita denúncia e decreta prisão preventiva de policiais acusados da morte da enfermeira Géssica Melo

O MP-AC solicitou a prisão cautelar dos acusados, a perda de seus cargos e uma indenização mínima de R$ 100 mil para a família da vítima.

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Redação Juruá Online

A Justiça do Acre aceitou a denúncia contra os policiais militares Cleonizio Marques Vilas Boas e Gleyson Costa de Souza, acusados de envolvimento na morte da enfermeira Géssica Melo de Oliveira. A decisão substituiu a prisão domiciliar por preventiva dos acusados, que agora devem ser levados a uma unidade prisional militar.

Os dois PMs foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC) por homicídio duplamente qualificado e fraude processual, com um deles também denunciado por porte ilegal de arma de fogo. O MP-AC solicitou a prisão cautelar dos acusados, a perda de seus cargos e uma indenização mínima de R$ 100 mil para a família da vítima.

O juiz Romário Divino Faria, da Vara Criminal da Comarca de Sena Madureira, decretou a prisão preventiva dos militares, visando garantir a ordem pública. Ele considerou que Cleonizio Marques Vilas Boas possui reiteração criminosa, tendo respondido pela morte de outra jovem em um confronto.

O caso envolve a tentativa de abordagem da enfermeira Géssica Melo em uma barreira policial, seguida por disparos de arma de fogo que resultaram na perda de controle do veículo e na morte da vítima. Os policiais removeram o corpo sob a alegação de prestar socorro, mas a denúncia aponta que a intenção real era alterar a cena do crime e incriminar a vítima.

Após uma investigação de seis meses, os sargentos da Polícia Militar do Acre, Gleyson Costa de Souza e Cleonizio Marques Vilas Boas, foram indiciados por homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa da vítima, motivo fútil, em suas formas consumada e tentada, e fraude processual.

O laudo pericial confirmou que a enfermeira não havia consumido drogas, não havia tocado na arma encontrada próximo ao seu carro e que os disparos que resultaram em sua morte foram efetuados pelos policiais. A arma encontrada no local não continha vestígios de DNA da vítima, mas sim traços genéticos masculinos, fortalecendo a suspeita de adulteração da cena do crime.

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