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Japão emite alerta para moradores buscarem abrigo após teste de míssil da Coreia do Norte

A Coreia do Norte lançou um míssil balístico sobre o Japão, disseram Tóquio e Seul, fazendo com que moradores do Norte japonês fossem orientados a buscar abrigo.

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A Coreia do Norte lançou um míssil balístico sobre o Japão, disseram Tóquio e Seul, fazendo com que moradores do Norte japonês fossem orientados a buscar abrigo. O teste desta segunda-feira foi o 23º feito por Pyongyang neste ano — e o quarto na última semana —, mas desde 2017 um míssil norte-coreano não sobrevoava o Japão, ação que representa uma escalada.

A intensidade dos lançamentos norte-coreanos mais recentes coincide com exercícios militares conjuntos entre Washington e Seul, também os primeiros em cinco anos. Faz o mesmo tempo que Kim Jong-un não testa armas nucleares, algo que autoridades dos EUA e da Coreia do Sul especulam ser iminente.

Segundo o Ministério da Defesa do Japão, o míssil cruzou o país em direção ao Oceano Pacífico às 7h22 da manhã de terça (19h22 ne segunda no Brasil) e caiu no mar 17 minutos depois. De acordo com Tóquio, a queda aconteceu fora da zona econômica exclusiva japonesa, que se estende por 200 milhas náuticas (370 km) para além da costa.

Em mensagens compartilhadas nas redes sociais, o governo japonês orientou a população a buscar abrigo e “não se aproximar de nada suspeito”. O primeiro-ministro do país, Fumio Kishida, “protestou veementemente” contra o lançamento.

Segundo o chefe de Gabinete, Hirokazu Matsuno, o lançamento supostamente foi na direção da ilha de Hokkaido, no Norte do país, sobrevoando a região de Aomori.

Há cinco anos, o então presidente dos EUA, Donald Trump, estava em seus meses iniciais na Casa Branca e prometia atacar Pyongyang com “fogo e fúria” caso o país ameaçasse os EUA. A troca de insultos, contudo, ficou para trás, e os dois se encontraram para duas inéditas cúpulas, em junho de 2018 e fevereiro de 2019.

A primeira delas, em Cingapura, terminou com vagas promessas para um acordo sobre o programa nuclear da Coreia do Norte. A segunda, em Hanói, acabou antes do previsto e sem qualquer avanço das negociações, que continuam paralisadas desde então.

Desde então, as provocações voltaram a se intensificar, particularmente após a chegada de Biden à Casa Branca em janeiro de 2021. Para analistas, Kim sente que está sendo ignorado e deseja pressionar o democrata a prestar mais atenção na questão coreana e em seu país, que atravessa um cenário interno complicado.

A Coreia do Norte ainda enfrenta os efeitos econômicos e sociais do fechamento do país no início da pandemia, em fevereiro de 2020, além das consequências de um surto neste ano. Problemas na implementação de políticas públicas, como para a produção de alimentos, foram criticados pelo próprio Kim publicamente, e levaram a mudanças em órgãos estatais.

O objetivo, portanto, seria forçar a comunidade internacional a fazer concessões econômicas, e usa os testes para chamar atenção nesse sentido. Com os testes de mísseis balísticos já rotineiros, a expectativa é de que passe para lançamentos maiores, como fazia há cinco anos.

Com informações O Globo

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