O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta quinta-feira (4) que decidiu enviar uma delegação para retomar as negociações sobre um acordo de libertação de reféns com o Hamas, disseram os governos dos dois países.
Em um telefonema entre os dois líderes, Netanyahu reforçou sua posição de que Israel só encerraria a guerra na Faixa de Gaza quando todos os seus objetivos fossem alcançados, pontuou o gabinete do premiê em comunicado.
O Canal 12, de Israel, afirmou que o chefe da agência de inteligência israelense, a Mossad, lideraria a delegação do país para as negociações, embora isso não tenha sido confirmado imediatamente.
Netanyahu deve ter consultas com sua equipe de negociação nesta quinta-feira e, em seguida, discutir as negociações de libertação de reféns com seu gabinete de segurança.
A Casa Branca pontuou que os dois líderes discutiram a resposta recente recebida do Hamas.
“O presidente saudou a decisão do primeiro-ministro de autorizar seus negociadores a se envolverem com mediadores dos EUA, do Catar e do Egito em um esforço para fechar o acordo”, escreveram em comunicado.
Não ficou claro para onde a delegação israelense iria para retomar as negociações.
Resposta do Hamas
Esforços anteriores para encerrar o conflito de Gaza foram mediados pelo Egito e pelo Catar, com negociações realizadas em ambos os países.
Israel recebeu a resposta do Hamas na quarta-feira (3) sobre uma proposta tornada pública no final de maio por Biden, que incluiria a libertação de cerca de 120 reféns mantidos em Gaza e um cessar-fogo no território palestino.
Uma autoridade palestina próxima ao esforço de mediação disse à Reuters que o Hamas demonstrou flexibilidade sobre algumas cláusulas que permitiriam que um acordo fosse alcançado caso Israel também aprovasse.
Duas autoridades do Hamas não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
O grupo armado disse que qualquer acordo deve encerrar a guerra e trazer uma retirada israelense total de Gaza. Israel afirma que aceitará apenas pausas temporárias na luta até que o Hamas seja erradicado.
O plano envolve a libertação gradual de reféns israelenses ainda mantidos em Gaza e a retirada das forças israelenses nas duas primeiras fases, além da libertação de prisioneiros palestinos.
A terceira fase envolve a reconstrução do território devastado pela guerra e o retorno dos restos mortais dos reféns falecidos.