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Israel diz que mais de 450 funcionários de agência da ONU são “agentes militares” | CNN Brasil

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Os militares de Israel disseram nesta segunda-feira (4) que a agência de ajuda da ONU na Faixa de Gaza (UNRWA) empregou mais de 450 “agentes militares” do Hamas e de outros grupos armados. Também ressaltaram que a informação foi compartilhada com a ONU.

A UNRWA está no centro de uma tempestade diplomática devido às acusações de Israel de que muitos dos seus funcionários também são membros do Hamas, e de que alguns funcionários até participaram no ataque em 7 de outubro que desencadeou a guerra em Gaza.

Desde então, os Estados Unidos e outros países interromperam o financiamento à UNRWA.

“Mais de 450 funcionários da UNRWA são agentes militares em grupos terroristas em Gaza. Mais de 450. Isto não é mera coincidência. Isto é sistemático. Não há como afirmar ‘Nós não sabíamos’”, disse o porta-voz militar, contra-almirante Daniel Hagari, a repórteres.

“Enviamos as informações que estou compartilhando agora, bem como informações adicionais, aos nossos parceiros internacionais, incluindo a ONU”, destacou.

A agência, em resposta, afirmou que acolheria com satisfação todas as informações que pudessem ser incluídas em uma investigação independente da ONU que está em curso.

“A UNRWA incentiva qualquer entidade que tenha qualquer informação sobre as alegações muito graves contra o pessoal da UNRWA a compartilhá-las com a investigação em curso da ONU”, ressaltou Juliette Touma, chefe de comunicações da UNRWA.

Os líderes palestinos acusaram Israel de um ataque político à UNRWA e pediram pela restauração do seu financiamento.

A UNRWA emprega 13 mil pessoas em Gaza e fornece ajuda diária a mais de metade dos 2,3 milhões de palestinos no território. O congelamento do financiamento agravou dramaticamente a pressão sobre uma agência já severamente sobrecarregada durante quase cinco meses de guerra.

Israel prometeu continuar a sua ofensiva até eliminar o Hamas, o grupo islâmico que governa Gaza e que jurou a destruição de Israel, e garantir a libertação de mais de 100 reféns israelenses que ainda estão no território palestino.

O ataque do Hamas em 7 de outubro matou 1.200 pessoas, a maioria civis, e incluiu a tomada de 253 reféns, segundo cálculos israelenses. Desde então, a campanha militar de Israel matou mais de 30 mil palestinos, dizem as autoridades de saúde de Gaza, controladas pelo Hamas.

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