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Indígenas dos estados do Acre, Amazonas e Rondônia fazem caminhada pela vida em busca da demarcação de terras

O encontro tem como propósito central reivindicar a demarcação de terras e chamar a atenção do governo para as questões enfrentadas pelos povos originários.

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Redação Juruá Online

Nesta manhã de quinta-feira, 7, mais de 200 representantes de 10 etnias indígenas dos Estados do Acre, Amazonas e Rondônia se reuniram no centro de treinamento da Diocese, ao lado do 61 Bis, em Cruzeiro do Sul. O encontro tem como propósito central reivindicar a demarcação de terras e chamar a atenção do governo para as questões enfrentadas pelos povos originários.

Na mesma manhã, esses indígenas conduziram uma caminhada pela vida até a Ponte da União. O objetivo foi sensibilizar os mais jovens para a necessidade de lutar por seus direitos, conforme enfatizou a indígena Lucila Nawa. Ela ressalta que os direitos dos povos indígenas não estão sendo respeitados no estado, destacando uma história de luta que perdura por cerca de 100 anos.

Lucila relata que inúmeras injustiças são perpetuadas de geração em geração. A terra pela qual os povos reivindicam pertence à Serra do Divisor. Segundo ela, quando o parque foi criado, o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CMBIO) não reconheceu algumas terras que pertencem aos indígenas por direito. Atualmente, aproximadamente 87 famílias fazem parte da etnia.

Paulo Nukini, originário de Mâncio Lima, expressa que não é contrário às necessidades das comunidades urbanas, como no caso da estrada para Pucalpa. No entanto, ele apela para que as decisões sejam tomadas de modo a não causar impactos negativos aos indígenas. Ele e sua tribo anseiam por uma maior atuação do governo em suas terras, apontando para a existência de estradas e construções que afetam seus direitos, além das condições precárias de saúde e educação.

Os indígenas permanecem no local há três dias e planejam estender sua estadia por mais um. Posteriormente, a manifestação será direcionada especialmente para os jovens, visando conscientizá-los desde cedo sobre seus direitos e a importância da preservação de suas tradições e territórios.

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