booked.net

IMAC notifica quatro proprietários que são possíveis responsáveis por incêndio de grandes proporções

Compartilhe:

Redação Juruá Online

Após dias de combate, os focos de incêndio na região de Alto Pentecoste, em Cruzeiro do Sul, foram controlados graças ao esforço conjunto do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) e do Corpo de Bombeiros. O chefe interino da representação do IMAC no Vale do Juruá, Aldenir Faracho Barroso, destacou que a situação, que chegou a ser crítica, agora está sob controle, com foco no monitoramento e na identificação dos responsáveis pelo início das queimadas.

A equipe do IMAC foi a primeira a chegar ao local e, ao lado dos bombeiros, enfrentou uma vegetação de difícil controle. “Encontramos uma situação trágica, e logo percebemos a necessidade de maquinário pesado e equipamentos para conter o fogo”, afirmou Aldenir. Com o apoio do governo estadual e de parceiros locais, que forneceram água e alimentação, a operação foi reforçada e, após dias de trabalho intenso, as chamas foram extintas.

Segundo Aldenir, a vegetação típica da área, conhecida como campina, facilita a propagação rápida do fogo. “A região forma uma espécie de bucha no solo, que continua minando fogo por baixo da primeira camada de terra, dificultando o controle”, explicou. O uso de máquinas pesadas foi essencial para criar aceiros e evitar que as chamas se espalhassem ainda mais. Por conta da geografia local, caminhões de bombeiros não podiam acessar diretamente as áreas afetadas, o que demandou esforços manuais para controlar o incêndio.

Apesar de o fogo estar controlado, a extensão exata da área devastada ainda não foi confirmada, mas estima-se que cerca de 5 mil hectares foram atingidos. Além disso, quatro pessoas foram notificadas para prestar esclarecimentos ao IMAC sobre possíveis responsabilidades no início das queimadas.

Aldenir destacou a importância da conscientização dos produtores rurais para evitar queimadas descontroladas, que podem se alastrar rapidamente devido às altas temperaturas e condições climáticas. “Basta uma mudança de vento para que o fogo se propague para propriedades vizinhas. É fundamental ter cuidado ao queimar roça ou pasto”, alertou.

O IMAC agora trabalha na investigação para identificar os responsáveis pelas queimadas e tomar as medidas necessárias. “O IMAC não está aqui apenas para punir. Nosso objetivo principal é a conscientização, mas em casos graves como esse, precisamos agir com pulso firme”, afirmou o chefe interino.

Nos próximos dias, a equipe do IMAC iniciará monitoramento nas regiões de Santa Luzia, Lagoinha, e nos ramais dois e três, onde também foram registradas queimadas. A ação inclui o uso de drones para identificar as áreas atingidas e verificar se houve início de fogo nessas localidades.

Com as queimadas sob controle, o foco agora está na preservação do meio ambiente e na responsabilização dos envolvidos, para evitar novos incidentes na região.

Compartilhe:

LEIA MAIS

Rolar para cima