Por g1 PR
O risco de morrer por covid-19 é 15 vezes maior entre pessoas com 60 anos ou mais não imunizadas, na comparação com grupo da mesma idade vacinado contra o novo coronavírus. Na faixa etária de 20 a 59 anos, sem o imunizante, as chances de morrer pela doença são 13 vezes maiores.
Os números foram divulgados nesta sexta-feira (18) pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba e mostram as chamadas médias de razões de risco, que avaliam grau de proteção da vacina, no período de março de 2021 a janeiro deste ano.
Os dados são calculados a partir da taxa de mortalidade entre imunizados (com duas doses ou dose única há 14 dias ou mais) e não imunizados.
Internamentos
O mesmo tipo de cálculo, explica a secretaria municipal, ajuda a avaliar a situação dos internamentos.
Entre as pessoas com 60 anos ou mais, os não imunizados têm 15 vezes mais chances de serem internados por covid-19, em relação aos imunizados da mesma faixa etária. Novamente, a média considera dados do período entre março de 2021 e janeiro de 2022.
Entre os adultos de 20 a 59 anos, a proteção contra internamentos foi 12 vezes maior para os imunizados, no mesmo período.
Nesta sexta-feira, em evento em Londrina, o secretário estadual de Saúde do Paraná, Beto Preto, reforçou a importância de a população completar o esquema vacinal. Ele destacou o recente aumento do número de mortes por covid entre pessoas com mais de 60 anos.
“Muitas vezes, quem tomou Coronavac em fevereiro, segunda dose em abril e não tomou a dose de reforço, considera-se como se não tivesse tomado nenhuma vacina. Quero chamar atenção para manter o foco nos calendários das vacinas”, disse Beto Preto.
Risco de pegar Covid-19
Os dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram ainda que o risco de ter a doença também diminui entre os imunizados.
Os idosos com 60 anos ou mais que não se vacinaram têm nove vezes mais chance de adoecer por covid-19 do que aqueles da mesma faixa etária que fizeram o esquema vacinal básico completo.
Entre os adultos de 20 a 59 anos, a imunização traz um fator de proteção três vezes maior para quem fez o esquema vacinal básico completo, considerando o mesmo período.
A secretária municipal da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, afirma que os dados mostram que as vacinas estão cumprindo o seu papel de proteção e de diminuir situações de desfechos graves pela doença.
“Em relação à incidência da doença, mas principalmente em relação a internamento e a óbito, é possível observar o papel de proteção exercido pelas vacinas. Na população mais vulnerável, que são os idosos com 60 anos ou mais, essa função é ainda mais preponderante”, analisa Márcia.