O Kremlin disse nesta terça-feira (10) que a guerra na Ucrânia continuará até que os objetivos estabelecidos pelo presidente Vladimir Putin sejam alcançados por ação militar ou por negociação.
Putin exigiu que a Ucrânia abandone a intenção de aderir à Otan, a aliança militar ocidental, e se retire totalmente de quatro regiões do país que a Rússia reivindicou como suas. Kiev rejeitou os termos.
“A operação militar especial terminará quando todos os objetivos estabelecidos pelo presidente Putin e pelo comandante do Exército forem alcançados”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
“Esses objetivos podem ser alcançados como resultado de uma operação militar especial ou de negociações relevantes”, acrescentou.
Peskov destacou que nenhuma conversa entre Moscou e Kiev está em andamento porque “o lado ucraniano recusa qualquer negociação”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu na segunda-feira (9) um acordo diplomático para a guerra e levantou a ideia de tropas estrangeiras serem enviadas para o país até que uma adesão à Otan seja possível.
Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.
Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.
*Com informações da CNN
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