Um tipo mortal de gripe aviária foi confirmado na Antártida continental pela primeira vez, segundo cientistas, um potencial risco para as enormes colônias de pinguins da região sul.
“Essa descoberta demonstra pela primeira vez que o vírus Influenza Aviária de Alta Patogenicidade chegou à Antártida, apesar da distância e das barreiras naturais que a separam dos outros continentes”, disse o espanhol Conselho Superior de Investigação Científica (CSIC) no domingo (25).
A presença do vírus foi confirmada em 24 de fevereiro em amostras de mandriões (um tipo de ave) mortos, que foram encontrados por cientistas argentinos perto da base antártica Primavera, acrescentou o conselho.
O caso confirmado na península antártica, após casos nas ilhas próximas, incluindo entre pinguins-gentoo, destaca o risco às colônias da região da gripe aviária H5N1, que dizimou populações de aves ao redor do mundo nos últimos meses.
“A análise mostrou de forma conclusiva que as aves foram infectadas com o subtipo H5 da gripe aviária e pelo menos uma das aves mortas continha o vírus da gripe aviária de alta patogenicidade”, advertiu o CSIC em comunicado.
Centenas de milhares de pinguins se reúnem em colônias muito compactas no continente antártico e nas ilhas próximas, o que pode permitir a fácil disseminação desse vírus letal.