Redação Juruá Online

A paixão pela fotografia e a sensibilidade para captar a alma do próximo levaram Paulo Henrique Costa, um jovem cruzeirense, a ser finalista do Festival Foto Fins, um dos mais importantes concursos de fotografia do país.

Com seu projeto “Vidas Amazônicas: Retratos de um Acre que Resiste”, Paulo retrata o dia a dia do acreano através de um olhar sensível e único, utilizando a fotografia como instrumento de expressão cultural.

A história de Paulo com a fotografia começou em 2021, durante um trabalho de campo. “Eu sempre fui apaixonado por fotografia, mas foi naquele momento que realmente me apaixonei por registrar os momentos. Comecei a tirar fotos com o celular, e as pessoas me encorajavam a postar nas redes sociais. Elas tiveram uma ótima repercussão, e me motivaram a continuar”, conta Paulo.

Em maio de 2022, Paulo viu a oportunidade de participar do Festival Foto Fins e, com o apoio de amigos, decidiu se inscrever. “Utilizei fotos que eu já tinha tirado com o celular e com uma câmera emprestada, sempre em preto e branco, um estilo que me permite contar histórias através das minhas fotografias”, explica.

A inscrição de Paulo chamou a atenção da comissão de seleção do festival, que o elegeu como um dos oito finalistas, sendo o único representante do Acre. “Eu nunca imaginei que seria um dos escolhidos! Nunca me considerei fotógrafo profissional, mas a minha arte tocou as pessoas e me deu um novo gás para continuar”, afirma Paulo.

O projeto de Paulo, “Vidas Amazônicas: Retratos de um Acre que Resiste”, será transformado em um fotolivro artesanal, evidenciando a rica produção fotográfica de diversas regiões do Brasil.

“A minha missão enquanto fotógrafo é registrar a Amazônia, mostrar o povo amazônico, a população ribeirinha, indígena, a dona Maria que vende frutas no mercado, a interação das pessoas nas ruas de Cruzeiro do Sul. E, principalmente, a população ribeirinha, que me inspira muito”, diz Paulo.

O Festival Foto Fins, através da iniciativa de transformar o projeto de Paulo em um fotolivro, cumpre o seu objetivo de dar visibilidade a trabalhos autorais que, muitas vezes, têm dificuldade em encontrar espaço para serem vistos.

Para Marlee Porto, historiadora, pesquisadora de fotografias brasileiras e responsável pela realização do festival, “Paulo Henrique Costa, o nosso representante do Acre, teve sua arte reconhecida pela sensibilidade em suas fotografias. A sua obra demonstra a força e a resistência do povo acreano, mostrando a riqueza da produção fotográfica do Brasil”.

Confira a reportagem: