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Fiocruz mostra que Acre está em fase de desaceleração da pandemia mesmo com alto índice de ocupação nas UTIs

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O Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz divulgado na tarde desta quarta-feira (14), aponta que após três meses do pico da 2° da Covid-19 no país, os números tendem a reduzir já nesta segunda quinzena de abril.

Os estudos mostram que ao longo da semana epidemiológica (SE) 14 de 2021, relativa ao período entre 4 e 10 de abril, se manteve a tendência de alta de transmissão de Covid-19 no Brasil e a sobrecarga dos hospitais, principalmente observável pela ocupação de leitos de UTI, se mantêm em níveis críticos. Mesmo assim, esse padrão pode representar a desaceleração da pandemia, com a formação de um novo patamar, como o ocorrido em meados de 2020, mas com números bastante mais elevados de casos graves e óbitos.

Taxa de ocupação no Acre segue alta:

Dezesseis estados e o Distrito Federal encontram-se com taxas de ocupação superiores a 90%: Rondônia (96%), Acre (92%), Tocantins (90%), Piauí (94%), Ceará (97%), Rio Grande do Norte (98%), Pernambuco (97%), Sergipe (94%), Minas Gerais (91%), Espírito Santo (95%), Rio de Janeiro (90%), Paraná (95%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (100%), Mato Grosso (98%), Goiás (96%) e Distrito Federal (98%).

Na capital, a situação não é diferente, dezenove capitais estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 superiores a 90%:

Porto Velho (100%), Rio Branco (93%), Belém (92%), Palmas (93%), São Luís (90%), Teresina (100%), Fortaleza (97%), Natal (97%), Maceió (90%), Aracajú (97%), Vitória (96%), Rio de Janeiro (94%), Curitiba (97%), Florianópolis (92%), Porto Alegre (94%), Campo Grande (106%), Cuiabá (98%), Goiânia (93%) e Brasília (98%).

As taxas de ocupação de leitos de UTI permanecem muito críticas, mas parece se consolidar lentamente a tendência de melhoria do quadro na Região Norte e em alguns estados como Maranhão, Paraíba, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Lockdown e demais medidas de segurança

As medidas de restrição de mobilidade e de algumas atividades econômicas, adotadas nas últimas semanas por diversas prefeituras e governos estaduais, estão produzindo êxitos localizados e podem resultar na redução dos casos graves da doença nas próximas semanas.

No entanto, os dados sobre essas medidas ainda não tiveram impacto sobre o número de óbitos e no alívio das demandas hospitalares. A flexibilização de medidas restritivas pode fazer retomar ritmos acelerados de transmissão e, portanto, de casos graves de Covid-19 nas próximas semanas.

Boletim epidemiológico

Na última semana epidemiológica (4 a 10 de abril de 2021) foram registrados valores recordes de óbitos por Covid-19, superando a marca de 3 mil mortes diárias. No entanto, se observa uma tendência de estabilização do número de casos a partir de abril. Foram notificados no país uma média de 70.200 casos diários e 3.020 óbitos por dia na última SE. O número de casos aumentou a uma taxa de 0,9% ao dia, enquanto o número de óbitos por Covid-19 aumentou 1,1% ao dia, isto é, ligeiramente mais lento que o verificado na semana anterior (1,5%), mostrando uma tendência de desaceleração, mas ainda não de contenção, da epidemia.

Observou-se a manutenção da tendência de aumento da taxa de letalidade, que se encontrava na faixa de 3% em março e subiu para 4,3% na última SE, o que pode ser consequência da falta de capacidade de se diagnosticar correta e oportunamente os casos graves, somada à sobrecarga dos hospitais, que têm dificultado o acesso de pacientes aos cuidados necessários e também possivelmente comprometido a qualidade do cuidado ofertado.

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