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Fiocruz identifica nova cepa do vírus Oropouche causadora de surto no Acre

A pesquisa, publicada na respeitada revista científica Nature Medicine, analisou 382 casos ocorridos entre agosto de 2022 e fevereiro de 2024 nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima.

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Nesta semana, a Fiocruz divulgou um estudo que revela que o surto de oropouche, registrado no Acre e em outros estados da Amazônia Brasileira em 2024, é causado por uma nova linhagem viral, chamada ‘OROV BR-2015-2024’. A pesquisa, publicada na respeitada revista científica Nature Medicine, analisou 382 casos ocorridos entre agosto de 2022 e fevereiro de 2024 nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima.

No período, houve mais de seis mil casos documentados em 140 municípios da Região Norte. A análise identificou uma nova cepa do vírus, que já havia sido detectada em Tefé (AM) em 2015 e na Guiana Francesa em 2020. Felipe Naveca, virologista e líder da pesquisa, explicou que a nova linhagem resultou de um rearranjo genético entre cepas que circulam no Brasil e outras em países como Peru, Colômbia e Equador.

Cientistas alertam que mais estudos são necessários para avaliar o impacto dessa nova linhagem na disseminação da febre Oropouche. Há indícios de que ela pode dificultar a proteção de pessoas que já foram infectadas anteriormente e que se replica mais rapidamente do que a cepa original isolada nos anos 1960.

O estado do Acre, conforme o Boletim Epidemiológico das Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), já registrou 436 casos de oropouche em 2024 até setembro, marcando um aumento de 626% em relação ao ano passado, quando foram confirmados apenas 60 casos. Apenas um município no Acre, Santa Rosa do Purus, não apresentou registros da doença.

Com informações do Contilnet

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