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Fiocruz alerta para o reaparecimento de outros vírus respiratórios em crianças pequenas

Casos semanais de Vírus Sincicial Respiratório já é maior que os de Covid-19 em crianças de 0 a 9 anos. Outros três também são observados desde o começo do ano.

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou na edição do Boletim InfoGripe desta quinta-feira (28) para o reaparecimento de outros vírus respiratórios que estão causando Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de 0 a 9 anos.

São os vírus, segundo a Fiocruz, que vem causando SRAG desde o começo de 2021 nas crianças pequenas, além do Sars-Cov-2:

  • Bocavírus
  • Parainfluenza 3 e 4
  • Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
  • Rinovírus

Já a análise por estado indica que o reaparecimento de outros vírus respiratórios é mais presente na região Centro-Sul do país. Já no estado de São Paulo houve aumento de casos positivos para Bocavírus, Parainfluenza 3 e Parainfluenza 4. “No momento, o número de casos semanais positivos para cada um desses vírus se assemelham aos de Sars-CoV-2, porém ainda se encontram abaixo dos casos de VSR”, diz o boletim.

O destaque, contudo, é para o VSR, que tem registro de casos semanais superiores aos de Covid-19 em crianças de 0 a 9 anos. O vírus é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e crianças pequenas, sendo mais preocupante em bebês prematuros, cardiopatas ou com problemas crônicos no pulmão. Crianças com menos de cinco anos têm maior risco de desenvolver formas graves.

O documento também explica que os casos de SRAG em crianças nessa faixa etária em outubro seguem abaixo dos picos registrados em março e maio deste ano, mas com valores ainda maiores aos de 2020.

“Houve apenas um leve aumento [de SRAG] nas últimas semanas em alguns locais, mas se mantendo dentro da média recente. O importante é destacar essa volta de outros vírus respiratórios gerando SRAG”, afirma o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

Em relação à crianças e adolescentes de 10 a 19 anos, o predomínio de SRAG, porém com maior presença de casos positivos para o Rinovírus. Já entre a população adulta (20 anos ou mais), “observa-se um predomínio praticamente absoluto de detecção de Sars-CoV-2” entre os casos de SRAG.

Os registros têm como base os dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) registrados até o 25 de outubro.

Por G1

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