A Base de Distribuição de Combustíveis da Petrobras em Cruzeiro do Sul, conhecida como Basul II, está programada para encerrar suas operações no próximo mês. Inaugurada em 2014 com um investimento de R$ 213 milhões, a Basul II tornou-se um dos maiores projetos logísticos da Petrobras, abrangendo 380 mil metros quadrados e aumentando sua capacidade de armazenamento de 2,7 milhões para 30 milhões de litros mensais.
A partir de 1º de setembro de 2024, a base deixará de fornecer combustíveis como Óleo Diesel B S10, Óleo Diesel B S500 e Gasolina Comum C. A Petrobras recomenda que os pedidos sejam direcionados para as bases de Rio Branco e Porto Velho, que continuarão a abastecer a região.
O fechamento da Basul II representa um marco importante para Cruzeiro do Sul, que desde 1984 se beneficiou da base como um ponto estratégico para o abastecimento de combustíveis na região do Juruá. A decisão pegou muitos de surpresa e levanta preocupações sobre o impacto econômico local.
A equipe de reportagem conversou com Arenislon Paixão, gerente de uma rede de postos de combustíveis na cidade, que expressou suas apreensões: “É bem provável que o preço do combustível possa aumentar devido a essa situação. A Basul II é a maior base de abastecimento da cidade. Se a responsabilidade for transferida para a Atem, que é uma das alternativas discutidas, poderemos enfrentar problemas de monopólio e aumento dos preços, já que teremos menos opções. Além disso, o transporte de combustível de Rio Branco ou Porto Velho para Cruzeiro do Sul implica custos de frete, o que pode encarecer ainda mais o abastecimento.”
A desativação da Basul II também levanta preocupações sobre a capacidade da região em responder a futuras crises de abastecimento. Paixão destacou que, em anos anteriores, a base teve um papel crucial ao fornecer combustível para outras localidades durante períodos críticos. Sem a operação da base, Cruzeiro do Sul poderá enfrentar desafios semelhantes em novas situações de emergência.
Com informações do Juruá 24 Horas