Redação Juruá Online

Com a descida do rio Juruá abaixo da cota de alerta, as famílias afetadas pela cheia estão retornando para suas casas. No entanto, esse período exige atenção especial com a saúde, devido ao aumento do risco de doenças.

O secretário de Saúde de Cruzeiro do Sul, Marcelo Siqueira, destacou a importância dos cuidados sanitários nessa fase. “Nosso rio já passou o período de transbordo e agora está abaixo da cota de alerta. As famílias estão retornando para casa, mas temos esse período de preocupação com as doenças dessa época e os cuidados que as pessoas devem ter nas áreas afetadas pela água”, alertou.

Para minimizar os impactos da cheia, a Prefeitura está promovendo ações coordenadas entre diferentes secretarias. A Secretaria de Assistência Social, sob a liderança de Irma Milka, está organizando uma grande operação de limpeza nos bairros atingidos. Já na área da saúde, foram reativadas as unidades básicas de referência nas regiões afetadas, oferecendo assistência médica mais próxima à população.

Monitoramento e Prevenção de Doenças

Entre as principais preocupações estão as doenças transmitidas pela água contaminada e por vetores, como:

• Dengue e malária: causadas por mosquitos que se proliferam nas áreas alagadas.
• Doenças diarreicas: como o rotavírus, que pode levar à desnutrição grave, especialmente em bebês e crianças pequenas.
• Leptospirose: transmitida pela urina do rato, podendo ser confundida com outras doenças devido a sintomas como febre, dor no corpo e dor na panturrilha.

A equipe de entomologia e vigilância ambiental do município está monitorando a qualidade da água e o surgimento de casos suspeitos dessas enfermidades. “É muito importante que a população procure as unidades de saúde aos primeiros sintomas. A leptospirose, por exemplo, pode ser grave se não diagnosticada precocemente”, ressaltou o secretário.

Recomendações para a População

Para reduzir os riscos, a Secretaria de Saúde orienta que a população adote algumas medidas essenciais:

• Buscar atendimento médico ao perceber sintomas como febre, dores musculares e diarreia.
• Manter o calendário vacinal atualizado, especialmente em crianças, para prevenção de doenças infecciosas.
• Evitar contato com água possivelmente contaminada e usar calçados adequados ao transitar por locais que foram alagados.
• Realizar a limpeza adequada das residências e utensílios que tiveram contato com a água da enchente.

Com essas medidas, a Prefeitura e os órgãos de saúde buscam garantir um retorno seguro das famílias à normalidade, minimizando os impactos das enchentes sobre a saúde pública.