Redação Juruá Online

A instabilidade climática e os ataques de pragas estão impactando severamente a safra de mandioca na região de Cruzeiro do Sul, Acre. Esta situação tem provocado uma oscilação no preço da farinha, gerando preocupações e movimentações no mercado local.

De acordo com vendedores de farinha no Mercado Municipal de Cruzeiro do Sul, a recente instabilidade nos preços está relacionada a um processo de reconhecimento nacional da farinha, abrindo, assim, novas possibilidades de mercado tanto dentro quanto fora do estado, outro fator relevante que mantém os preços elevados se devem ao ataque da praga do Mandarová e também as enchentes que assolam o estado, dificultando o abastecimento e elevando os custos de produção.

Essas variações têm resultado em valores distintos no mercado estadual e nacional. Segundo os vendedores locais, os preços para outros estados tendem a ser mais elevados devido às questões logísticas envolvidas no transporte. Contudo, a demanda crescente e as dificuldades na produção têm impactado diretamente no preço final do produto, afetando tanto consumidores locais quanto os de outras regiões do país.

Cruzeiro do Sul – Capital Nacional da Farinha

A Comissão de Agricultura (CRA) aprovou na quarta-feira 21 de fevereiro, o projeto de lei que visa conceder o título de Capital Nacional da Farinha ao município de Cruzeiro do Sul, localizado no Acre. Proposto pelo senador Alan Rick (União-AC), o PL 4.174/2023 recebeu parecer favorável do senador Marcio Bittar (União-AC), com leitura feita pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) como relator ad hoc. Agora, o projeto segue para análise na Câmara dos Deputados.

Na justificativa, o autor argumenta que Cruzeiro do Sul alcançou notoriedade na produção de farinha de mandioca de alta qualidade. O relator acrescenta que a mandioca é o principal produto agrícola do Acre e que a farinha desempenha um papel fundamental na segurança alimentar da população local.