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Estudo revela que fica sentado pode aumentar em 50% o risco de infarto; saiba quantas horas é o limite

Uma rotina de trabalho na cadeira em conjunto com uma vida sedentária é um risco à saúde. Entidades do Reino Unido pedem mudanças imediatas.

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Não é novidade que uma vida sedentária aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Com a pandemia de coronavírus e a mudança do trabalho para o home office, ter uma rotina de exercícios ficou ainda mais difícil. Entretanto, um estudo chinês alerta que pessoas que ficam mais de oito horas por dia sentadas têm uma probabilidade 50% maior probabilidade de sofrer um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC).

O trabalho, publicado na revista JAMA Cardiology, acompanhou mais de 100 mil adultos, por 10 anos. Os milhares de participantes, que moram em mais de 20 países do mundo, tinham em média 50 anos e foram questionados sobre quantas horas por dia passavam sentados a cada semana. Com base em suas respostas, foram divididos em diferentes grupos. Após 11 anos os resultados foram alarmantes: Havia pouco mais de 6,2 mil mortes, 2,3 mil ataques cardíacos, 3 mil derrames e 700 casos de insuficiência cardíaca, embora nem todas tenham sido fatais.

Os resultados revelaram que pessoas que ficam sentadas durante oito horas por dia correm um risco 20% maior de sofrer um ataque cardíaco ou AVC e são 49% mais propensos a ter insuficiência cardíaca, em comparação com aqueles que ficaram sentados por apenas quatro horas diárias.

O estudo também mostrou que fazer exercícios regulares durante a semana reduz os perigos de ficar sentado em excesso. Aqueles que fizeram cerca de 12 horas e meia semanais de atividade física tem um risco de morte de 17%. Enquanto para aqueles que praticamente apenas duas horas e meia de atividade, o risco foi de 50%.

Os autores também compararam os resultados do estudo com o tabagismo. Os números encontrados nos dois estudos são semelhantes. Enquanto 8,8% das mortes e 5,8% dos casos de doença cardíaca foram devido ao efeito combinado de sentar em excesso e ser fisicamente inativo, o tabagismo causa 10,6% de morte e 6,6% de doenças cardíacas.

O autor principal, Wei Li, afirmou que as descobertas devem levar as pessoas a ficarem menos tempo sentadas e serem mais ativas. Instituições de caridade e especialistas do Reino Unido recomendam que trabalhadores façam algumas pausas no decorrer do período de trabalho para exercícios, como pequenas caminhadas, e solicitaram aos empregadores que fornecessem mesas de pé.

O serviço de saúde do Reino Unido, NHS, afirma que os adultos devem fazer pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana, como caminhada rápida, ou 75 minutos de atividade de intensidade vigorosa por semana, como uma corrida. Eles também devem fazer exercícios de fortalecimento muscular pelo menos dois dias por semana.

– Este estudo acrescenta ao que já sabemos sobre atividade e nossa saúde, mostrando que ficar sentado por mais de oito horas por dia representa um risco elevado de acidente vascular cerebral. Uma ótima maneira de melhorar sua saúde cardiovascular é fazer 150 minutos de atividade física por semana, o que equivale a apenas meia hora por cinco dias – afirmou Chloe MacArthur, da British Heart Foundation, ao Daily Mail.

Doenças cardiovasculares

No Brasil este tipo de enfermidade é líder em mortalidade no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de cardiologia (SBC), cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e 400 mil morrem por ano em decorrência dessa doença.

No Reino Unido, cerca de 160 mil pessoas, ou um quarto de todas as mortes no país, são em decorrências de ataques cardíacos – o equivalente a uma morte a cada três minutos.

Nos Estados Unidos, a doença também é a líder em letalidade matando cerca de 670 mil americanos por ano.

Por O Globo

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