Em 2022, o Acre registrou a maior taxa de analfabetismo da região Norte, atingindo 8,5%, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Educação 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quarta-feira (7).

Essa taxa representa uma redução de 2,4 pontos percentuais em comparação com a pesquisa anterior realizada em 2019, na qual 10,9% da população acreana com mais de 15 anos era analfabeta.

Segundo os dados, aproximadamente 57 mil pessoas no Acre, com 15 anos ou mais, são consideradas analfabetas. Na pesquisa anterior, esse número era de 68 mil habitantes do estado.

A Secretaria Estadual de Educação (SEE) reconhece a importância de proporcionar oportunidades de alfabetização para aqueles que não sabem ler e escrever. Em nota, afirmou: “Durante a pandemia, o Acre enfrentou diversos desafios, porém, com a retomada do ensino presencial e os investimentos realizados pelo governo na área da Educação, no segundo semestre deste ano, retomaremos o programa de alfabetização de jovens e adultos, e certamente alcançaremos a meta estabelecida para 2025”.

A faixa etária com maior proporção de analfabetos no estado é a dos idosos, com 28,6% deles sem habilidades de leitura e escrita. Essa faixa também apresenta o maior número de analfabetos em nível nacional. Dos 9,5 milhões de analfabetos no Brasil, 5,1 milhões têm mais de 60 anos.

Em termos absolutos, existem 25 mil idosos no Acre com mais de 60 anos que são analfabetos, além de 48 mil pessoas acima de 40 anos e 55 mil com idade superior a 25 anos que também não possuem conhecimentos básicos de leitura e escrita.

Cor e gêneros

No Acre, 85,9% dos analfabetos são pretos ou pardos. Esse percentual significa 49 mil pessoas com idade acima de 15 anos. Entre os brancos, o percentual de 12,3% representa 7 mil pessoas.

Na qualificação por gênero, são 30 mil homens acreanos analfabetos com 15 anos ou mais, número que representa 52,6% do total.

Entre as mulheres, a condição de alfabetismo é menor e está em 47,4%, são 27 mil pessoas sem ler e escrever.