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Erdogan diz que Israel deve ser julgado em tribunais internacionais por crimes em Gaza | CNN Brasil

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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira (28) ao secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, que Israel deve ser responsabilizado em tribunais internacionais pelo que chamou de crimes de guerra cometidos em Gaza, segundo a Presidência turca.

Israel montou uma ofensiva aérea e terrestre contra integrantes do Hamas na Faixa de Gaza, atingindo também áreas civis, na qual mais de 15 mil pessoas foram mortas, segundo as autoridades de saúde de Gaza.

A ofensiva foi lançada depois que o Hamas fez um ataque violento no sul de Israel, em 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns.

Em um telefonema antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito, marcada para quarta-feira (29), Erdogan e Guterres discutiram as “expectativas da comunidade internacional em relação aos ataques ilegais de Israel”, disse a Presidência da Turquia.

Os líderes também comentaram o acesso da ajuda humanitária ao enclave e os esforços para uma paz duradoura.

“Durante a chamada, o Presidente Erdogan disse que Israel continua a atropelar descaradamente o direito internacional, as leis da guerra e o direito humanitário internacional, olhando nos olhos da comunidade internacional, e deve ser responsabilizado pelos crimes que cometeu diante de direito internacional”, afirmou o comunicado.

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia destacou que o ministro das Relações Exteriores, Hakan Fidan, participará da reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York.

Em comunicado, a pasta acrescentou que Fidan também se reunirá com os seus homólogos como parte de um “grupo de contato” de alguns países muçulmanos, formado pela Liga Árabe e pela Organização de Cooperação Islâmica (OIC) este mês para discutir a situação em Gaza com as potências ocidentais e outras nações.

A Turquia criticou duramente os ataques de Israel contra Gaza e apelou a um cessar-fogo imediato para permitir discussões sobre uma solução de dois Estados para o conflito.

Erdogan chamou os ataques israelenses de genocídio e acusou Israel de ser um “Estado terrorista”. Israel rejeita essas acusações e afirma que está agindo em legítima defesa contra um inimigo empenhado na sua destruição.

A Turquia também acolhe alguns membros do Hamas, que não considera um grupo terrorista, ao contrário dos Estados Unidos, da União Europeia e de alguns países do Golfo.

O país acusou o Ocidente, além da Espanha e da Bélgica, de cumplicidade devido ao seu apoio a Israel.

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