Dois anos e meio após sua esmagadora vitória eleitoral, Boris Johnson sofre uma sangria de apoios em suas próprias fileiras conservadoras. O primeiro-ministro britânico, cada vez mais ameaçado em seu cargo, vê o acúmulo de escândalos e do descontentamento social.
‘Partygate’
Enquanto os britânicos eram obrigados a ficar em casa, sem ver familiares nem amigos devido à Covid-19, em Downing Street, onde Boris vive e trabalha, eram organizados diversos eventos, de festas de Natal, despedidas e aniversário até celebrações no jardim para desfrutar do tempo bom, em um escândalo batizado como “partygate”.
A polícia britânica investigou e impôs 126 multas, entre elas uma ao primeiro-ministro, primeiro chefe de Governo em exercício punido por infringir a lei.
A servidora Sue Gray também elaborou um relatório muito crítico aos “funcionários de alto escalão” responsáveis pelas reuniões com excessos de álcool, brigas, saídas pelas portas dos fundos durante a madrugada e, às vezes, pela falta de respeito com os funcionários de segurança e limpeza.
Boris disse assumir “toda a responsabilidade”, mas se negou a renunciar e sua legitimidade foi afetada.
Por O Globo