A Transmissora Acre, responsável pela instalação do linhão de energia elétrica entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, posicionou-se nesta quinta-feira, 14, diante do protesto dos indígenas Noke Koi, conhecidos como Katukina, na BR-364, contra a obra.
Segundo a empresa, detentora do contrato de concessão com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o trecho entre Rio Branco e Feijó já está energizado, proporcionando melhores condições para a população e benefícios ambientais ao evitar o consumo de milhões de litros de óleo diesel por mês.
O trecho em andamento, de Feijó a Cruzeiro do Sul, passa pela Terra Indígena Noke Koi, a pedido dos próprios indígenas. A Transmissora afirma que a linha de transmissão foi direcionada para cortar a reserva indígena Campinas Katukina devido à solicitação da comunidade, visando evitar possíveis invasões por meio da abertura de acessos na Floresta Amazônica.
A empresa ressalta que segue rigorosamente as condições estabelecidas no Estudo do Componente Indígena (CI-PBA), aprovado pela comunidade indígena e pela Funai, bem como o Plano Básico Ambiental (PBA), aprovado pelo Ibama.
Após uma reunião nesta quarta-feira, 13, entre os indígenas Katukina, o Ibama, o Ministério Público Federal e representantes da empresa, os ânimos se exaltaram. Os indígenas bloquearam o acesso com um trator, exigindo não só a estrutura produtiva da obra, mas também compensações financeiras para manter aviários, casa de farinha, produção de derivados de cana-de-açúcar e açudes, além de um Fundo para a Associação deles. Alegam dano ambiental com a derrubada de dezenas de samaúmas.
A Transmissora Acre aguarda notificação do Ministério Público para avaliar a situação e tomar as medidas necessárias.
Com informações AC24Horas