booked.net

Em um ano, síndromes diarréicas tiveram aumento de mais de 30%, diz Sesacre

Só em 2023 foram notificados 30.251 casos da doença. Dados são do boletim epidemiológico da Saúde

Compartilhe:

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) divulgou mais um boletim epidemiológico de doenças de transmissão hídrica e alimentar no Acre. No levantamento, o órgão informou sobre a situação de doenças agudas diarreicas (DDA) e fez um comparativo entre os dois últimos anos.

De acordo com os dados, em 2022 no Acre, foram notificados 22.928 casos. No mesmo período de 2023, foram notificados 30.251 casos, ou seja, um aumento de 31,93%, equivalente a 7.323 casos.

Em relação aos municípios, dos 22, 19 municípios (86,36%) apresentaram aumento e 03 (13,64%) apresentaram queda no número de notificações comparado ao mesmo período de 2022. Os municípios que registraram maior aumento nas notificações foram: Porto Acre (385,71%), Brasiléia (115,44%), Marechal Thaumaturgo (100,36%), Plácido de Castro (91,92%) e Bujari (85,13%).

O que é a síndrome

As doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) constituem uma síndrome geralmente caracterizada por diarreia, dor abdominal, febre, náuseas ou vômitos atribuídos à ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas, toxinas ou produtos químicos. As manifestações clínicas dependem de cada patógeno e muitos deles produzem os mesmos sintomas, o que torna o diagnóstico clínico um pouco difícil. O período de incubação também é variável, mas usualmente é curto, de 1-2 a 7 dias. Os agentes etiológicos mais frequentemente associados às DTHA são os de origem bacteriana, predominante no Brasil as DTHA causadas por Salmonella spp., Escherichia coli e Staphylococcus aureus. O tratamento depende da sintomatologia, mas em geral trata-se de doença autolimitada, por isso, fundamenta-se em medidas de suporte para evitar e tratar a desidratação e agravamento.

O que é Doença Diarreica Aguda?

As Doenças Diarreicas Agudas (DDA) correspondem a um grupo de doenças infecciosas gastrointestinais. São caracterizadas por uma síndrome em que há ocorrências de no mínimo três episódios de diarreia aguda em 24 horas, ou seja, diminuição da consistência das fezes e aumento do número de evacuações, quadro que pode ser acompanhado de náusea, vômito, febre e dor abdominal, segundo o Ministério da Saúde.

Em geral, são doenças autolimitadas com duração de até 14 dias. Em alguns casos, há presença de muco e sangue, quadro conhecido como disenteria. A depender do agente causador da doença e de características individuais dos pacientes, as DDA podem evoluir clinicamente para quadros de desidratação que variam de leve a grave.

O que causa as doenças diarreicas agudas?

As doenças diarreicas agudas (DDA) podem ser causadas por diferentes microrganismos infecciosos (bactérias, vírus e outros parasitas, como os protozoários), que geram a gastroenterite – inflamação do trato gastrointestinal – que afeta o estômago e o intestino. A infecção é causada pelo consumo de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados e também pode ocorrer pelo contato com outras pessoas, por meio de mãos contaminadas, e contato de pessoas com animais.

Quais são os fatores de risco para doenças diarreicas agudas?

Qualquer pessoa, de qualquer faixa etária e gênero, pode manifestar sinais e sintomas das doenças diarreicas agudas após a contaminação. No entanto, alguns comportamentos podem colocar as pessoas em risco e facilitar a contaminação como:

Ingestão de água sem tratamento adequado;
Consumo de alimentos sem conhecimento da procedência, do preparo e armazenamento;
Consumo de leite in natura (sem ferver ou pasteurizar) e derivados;
Consumo de produtos cárneos e pescados e mariscos crus ou mal cozidos;
Consumo de frutas e hortaliças sem higienização adequada;
Viagem a locais em que as condições de saneamento e de higiene sejam precárias;
Falta de higiene pessoal.

Quais são os sinais e sintomas das doenças diarreicas agudas?

Ocorrência de no mínimo três episódios de diarreia aguda no período de 24hrs (diminuição da consistência das fezes – ficando líquidas ou amolecidas – e aumento do número de evacuações), podendo ser acompanhada de:

Cólicas abdominais;
Dor abdominal;
Febre;
Sangue ou muco nas fezes;
Náusea;
Vômitos.

Com informações ContilNet

Compartilhe:

LEIA MAIS

Rolar para cima