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Em Cruzeiro do Sul, integrantes de fanfarra denunciam diretora da Escola Professor Flodoardo Cabral

Os alunos alegam que a diretora alugou os instrumentos sem comunicar os integrantes da banda

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Redação Juruá Online

Um conflito que começou na noite da última quarta-feira, dia 14, tem repercutido nas redes sociais. Os alunos integrantes da famosa Banda de Fanfarra Marcial da Escola Professor Flodoardo Cabral (Banflocabral) alegam o descaso da direção da escola, especialmente da diretora Lucilene. Áudios que foram trocados entre integrantes e diretora circulam pelas palavras de baixo calão utilizadas.

Segundo os integrantes, o caso ocorreu quando eles foram até a escola para ensaiar uma apresentação para o aniversário de Porto Walter e viram que seus materiais não estavam lá. Ao contestar a diretora, souberam que os instrumentos tinham sido emprestados para a prefeitura de Porto Walter e já haviam sido embarcados no barco, com o consentimento da diretora. Eles alegam que a diretora não havia pedido autorização nem comunicado a atitude.

Em um vídeo, os integrantes alegam que a diretora sempre os prejudica, sendo ignorante e fechada a diálogos. “Estamos querendo concluir nosso trabalho com sucesso, mas estamos sendo prejudicados pela diretora, que é uma pessoa que não consegue escutar ninguém”, diz o regente da banda no vídeo.

Os alunos argumentam que não sabiam do paradeiro dos instrumentos antes de chegarem à escola. O regente da banda, Paulo Torres, foi até o barco por conta própria e pegou os instrumentos, trazendo-os de volta à escola. Ele acusa a diretora de ter comprado novos instrumentos e nunca ter entregado para a fanfarra, enquanto a gestora alega ter perdido a nota fiscal da compra.

Paulo Torres também conta que, na verdade, os instrumentos foram não foram emprestados, e sim alugados por R$700,00. “Eu estava presente na reunião, tenho provas e gravações no momento do acordo. A diretora tentou apagar algumas mensagens que ela teria me enviado, mas eu já tinha salvo todas”, alega. O rapaz também afirma que a diretora já tem problemas com a aprovação dos alunos devido ao seu jeito de tratá-los.

A banda afirma que a escola ajudou no mínimo possível para a ida à Porto Walter. Paulo Torres foi destituído do cargo pela diretora.

Posicionamento da diretora Lucilene Oliveira:

A diretora da escola Professor Flodoardo Cabral, Lucilene Oliveira, afirmou não ter alugado os instrumentos, pois essa ação não é permitida. Ela apenas emprestou alguns instrumentos para suas parcerias. A diretora negou que quisesse prejudicar os estudantes e, diante de toda a situação, ela vai prestar inclusive uma queixa na delegacia. “A escola não aluga instrumentos. A gente tem parcerias. Por exemplo, no desfile do dia 28 de setembro, muitas escolas pedem instrumentos emprestados de outras para desfilarem”, disse.

Segundo a diretora, o recurso destinado à fanfarra é muito pouco, cerca de 15 mil reais por ano, dividido em três etapas. “Deu a entender que eles estavam me acusando de desviar esse dinheiro, e isso não é verdade, a prestação de contas é aprovada pela Secretaria de Educação do Estado”, disse.

Diretora Lucilene Oliveira

A diretora esclarece que apenas emprestou os instrumentos e afirma possuir o documento do secretário de educação do município de Porto Walter se responsabilizando pelos mesmos. Segundo ela, os instrumentos foram emprestados para que a fanfarra realizasse o desfile da cidade no aniversário.

Lucilene diz que o ex-regente da banda sabia da ação. A gestora destituiu o rapaz do cargo alegando que ele havia espalhado falsas acusações.

A diretora e a coordenadora administrativa disseram que vão entrar com um processo contra o rapaz na delegacia, alegando calúnia e difamação. Paulo Torres também afirma que vai entrar com um processo contra a gestão na delegacia.

A equipe de reportagem da TV Juruá entrou em contato com a secretária de educação do município, Ruth Bernardino. Ela disse que a educação irá realizar um processo administrativo para apurar o caso.

Ambos os envolvidos alegam ter provas suficientes para que a situação seja resolvida de forma justa.

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